Quinta-feira 25 de Novembro de 1813

Onde esteve o (perdido) Benfica?

LIGA 2017 2018 bola2Como dia o nosso bom mestre e amigo Moniz Pereira “a sorte dá muito trabalho”, lema que os homens de Tondela provocarem tamanha surpresa na 32ª ronda da Liga NOS, mais a mais na véspera de um Sporting-Benfica que vai “escaldar” ou “entornar o prato” na próxima ronda.

No jogo deste sábado, não há dúvida que o Tondela teve a sorte pelo seu lado mas também não se duvida que o Tondela quase se limitaram a aproveitar os erros da defesa benfiquista, onde residiu a solução do jogo. Ao contrário, justificando a sorte, os tondelenses fartaram-se de correr sempre atrás da bola, nunca desistir e em vez de três até marcaram quatro golos, sendo que um (validamente obtido) foi recusado pelo árbitro, que não recorreu ao VAR. Até porque, neste campo (foras de jogo), os assistentes estiveram bem mal.

Dominando a posse de bola, o Benfica criou, ainda assim, algumas boas jogadas que poderiam ter dado golo mas que o guardião Cláudio Gomes safou sempre, com um punhado de boas defesas.

A maior posse de bola, por vezes, nem corresponde a uma supremacia clara, porque ter a bola é uma coisa (fazê-la rodar por todo o campo e por todos os jogadores e não rematar assertivamente) e rematar à baliza, de forma certeira, é outra. E foi neste “compasso” de tempo que os da águia perderam a partida e – mais do que isso – permitiram que o Sporting chegasse também aos 77 pontos, depois de triunfar em Portimão,

Embora tenha marcado cedo (12’) com um bom golo obtido por Pizzi (numa espécie de “fuzilamento” tal a velocidade que a bola levou), no seguimento de um passe de Rafa, o Benfica teve oportunidade de aumentar a vantagem quando (18’) Zivkovic rematou forte mas Cláudio Ramos estava atento e voou com a bola para canto, fazendo o mesmo procedimento (23’) quando Cervi também chutou forte. Só que aqui o árbitro não viu e não assinalou o pontapé de canto a favor do Benfica.

À meia hora, mais um contra-ataque do Tondela e o empate surgiu com uma anormalidade feita por Cervi, que entregou, no meio campo, a bola a David Bruno que centrou para a área onde a bola chegou a Miguel Cardoso que, depois de tirar um defesa benfiquista do caminho, e quando Varela saiu ao caminho levou com um “chapéu” certeiro.

Seis minutos depois, descalabro do descalabro, o Benfica sofreu o segundo golo, novamente por Miguel Cardoso no seguimento de um longo lançamento da linha lateral que levou a bola a chegar aos pés e chutar forte e pela certeza, aproveitando a liberdade que a defesa benfiquista continuava a dar, fixando, na altura, o resultado em 2-1 a seu favor. E com isto chegou o intervalo.

No segundo tempo, o Tondela não se afoitou muito, se bem que quando saiu para o contra-ataque o perigo passou a rondar a baliza de Varela, ainda que por poucas vezes., sendo mais uma aos 49’, quando Cláudio Ramos defendeu um remate de Cervi e foi obrigado a mandar a bola para canto.

Salvio (52’) a passe de Douglas bateu mal a bola com o pé e rematou para as nuvens, sucedendo logo a seguir outra situação idêntica mas com Rafa a obrigar Cláudio a uma grande defesa.

Rui Vitória (62’) esgotou as três substituições para dar nova vida à equipa mas foi o Tondela, que em mais uma jogada rápida e apoiada, chegou ao golo que não foi validade pelo árbitro, ao que parece por fora-de-jogo, o que não foi verdade porque o jogador estava atrás da linha dos “radares”. O que nos pareceu foi que o jogador visitante fês “pé em riste” com o defesa benfiquista.

O Benfica continuou a ”despejar” a bola para a baliza de Claudio mas a marcha do marcador não funcionava.

Um fora de jogo não assinalado (72’) ao Benfica permitiu a este chegar.

Rafa (77’) passou a Salvio, que rematou para a baliza mas encontrou Cláudio pelo caminho e que desviou para canto, enquanto, na resposta, o Tondela chegou ao 3-1 (80’) numa jogada de contra-ataque, em que Tomané – a passe de Delgado – é isolado na grande área, finta um defesa e remata forte para o canto mais, longe da baliza para chegar ao golo ante o “espanto” geral da assistência, que começou a deixar o Estádio de imediato.

O Tondela fica com o título de ter sido a única equipa que marcou três golos no Estádio da Luz.

O Benfica ainda reduziu (2-3) com um golo de Salvio (90+2’), a passe de Jimenez, fazendo um chapéu a Cláudio Ramos mas ficou-se por aí.

Ainda uma nota: o regresso do capitão Luisão à equipa benfiquista parece que deu azar.

A luta pelo segundo lugar (que dá direito à Liga dos Campeões) atingiu o rubro e tudo poderá ficar decidido no domingo (6 de Maio) quando o Sporting receber em Alvalade o Benfica.

Nuno Almeida foi o árbitro do jogo e teve uma actuação mediana (o não considerar o golo do Tondela foi um erro enorme, mais a mais porque devia ir ao VAR) a par de outros pequenos erros, aliás cometidos também pelos assistentes António Godinho (sem pernas para acompanhar os ataques) e Paulo Ramos, a ser muito assertivo mas de forma negativa no caso do golo não considerado, como foi referido.

As equipas alinharam:

Benfica – Varela; André Almeida (Douglas, 29’), Rúben Dias, Luisão e Grimaldo; Pizzi, Samaris, Rafa e Zivkovic (Seferovic, 62’); Raul e Cervi (Salvio, 45’).

Tondela – Cláudio Ramos; David Bruno, Jorge Fernandes, Ricardo Costa e Joãozinho; Tyler Boyd, Bruno Monteiro, Cláudio Gonçalves e Miguel Cardoso (Delgado, 81’); Tomané (Heliardo, 90+1’) e Hélder Tavares (Joca, 90’).

Amarelos: Cervi (32’), Jorger Fernandes (45’), Luisão (54’), Tomané (60’) e Cláudio Ramos (69’).

© 1813 Jogada do Mes. Todos os direitos reservados. XHTML / CSS Valid.