Um golo de Herrera em cima dos no venta minutos desfez a igualdade que se mantinha desde o início do jogo – as oportunidades para isso foram poucas de um lado e do outro, devido à táctica empregue – e o F. C. do Porto voltou a ganhar na Luz, a última das quais (1-2) em 12 de Fevereiro de 2016.
Com o Benfica lançado a toda a “força” desde o apito inicial de Soares Dias – como teria que ser para ver de surgia algum golo cedo – o Porto respondeu com o “preenchimento” do seu meio campo, dando pouco espaço de manobra à formação de Rui Vitória, o mesmo se podendo dizer do Benfica, porque quem perdesse pontos por certo que ficaria desiludido.
Uma desilusão (Benfica) que parece não ter feito mossa de maior, porquanto recebida com fair play e ética, o que é de realçar, até porque só ganha quem marca. E aí os portistas foram mais felizes tiveram a oportunidade da “vida” para isso, aproveitando também uma falta de discernimento por parte de alguns jogadores do Benfica, um dos quais o guarda-redes Varela que, na altura do remate de Herrera, estava algo adiantado em relação à linha de baliza.
Um golo de belo efeito. Um momento de felicidade.
No primeiro tempo, em quer a posse de bola foi mais ou menos dividida (53/47%), o Benfica ganhou mais cantos e teve duas oportunidades de golo para uma do F. C. Porto, tendo ainda gizado jogadas com princípio, meio e fim, mas sem chegar ao golo, enquanto a equipa de Sérgio Conceição não “atinou” muito nos passes de bola, perdendo imensas jogadas.
No que foi a principal oportunidade do Benfica (44’), Pizzi surgiu isolado frente a Casillas, ofereceu o corpo à bola e ficou com ela.
No segundo tempo, a táctica não variou muito, a não ser depois de se iniciarem as substituições, com Salvio a entrar para o lugar da Rafa e “arejar” o ataque, enquanto o Porto continuava a “baralhar” e não objectivar para a baliza contrária, tendo mudado de atitude quando Brahimi, a passe de Ricardo (62’), rematou em arco e viu a bola passar a poucos centímetros do poste mais longe.
Depois de se saber que estiveram na Luz 63.526 espectadores, foi Brahimi que (85’) voltou a criar “frisson” quando da marcação de um livre perto da grande área, mas que a barreira respondeu da melhor forma.
Foi o sinal de que algo podia mudar nos últimos minutos – e não para o Benfica que não conseguiu criar perigo – como se verificou em cima do minuto noventa, com Herrera a abrir (e fechar) o marcador, quando muita gente já tinha saído do Estádio, convencidos que o empate seria o resultado final.
Numa jogada conduzida por Brahimi, a bola foi a Aboubakar, passou por Marega que rematou contra as pernas de um defesa e a bola foi devolvida para a meia-lua da grande área, onde surgiu Herrera – com cinco jogadores do Benfica por perto – que rematou em estilo “folha seca” e passou por cima de Varela que, como se referiu atrás, estava algo adiantado em relação à linha de baliza.
Nos quatro minutos dados pelo árbitro nada aconteceu que pudesse mudar o rumo que havia sido tratado minutos antes.
Uma derrota com sabor amargo mas com a certeza de que há muito para jogar nas quatro jornadas ainda por cumprir.
Artur Soares Dias, árbitro do encontro, este em muito bom plano, pese embora um ou outro erro cometido (não dar o segundo amarelo a Sérgio Oliveira porque, se marcou falta, tinha que mostrar o segundo amarelo) e também bem acompanhado pelos assistentes (Rui Licínio e Paulo Soares), em especial na sinalização dos foras de jogo.
As equipas alinharam da seguinte forma:
Benfica – Varela; André Almeida, Jardel, Rúben Dias e Grimaldo; Pizzi (Seferovic, 86’), Fejsa e Zivkovic; Rafa (Salvio, 63’), Jimenéz e Cervi (Samaris, 73’).
F. C. Porto – Casillas; Ricardo, Felipe, Marcano e Alex Teles; Otávio (Corona, 79’), Herrera, Sérgio Oliveira (Óliver, 73’) e Brahimi; Soares (Aboubakar, 82’) e Marega.
Amarelos: Sérgio Oliveira (38’), Otávio (59’), André Almeida (61’), Alex Telles (71’), Grimaldo (80’) e Herrera (90’).