Domingo 24 de Novembro de 8858

Portugal derrotado (3-0) pela Holanda

O facto de os holandeses não terem sido apurados para a fase final do Mundial deste ano não quis dizer a equipa não é boa, uma das melhores europeias, mas quis o destino que isso não se verificasse depois de impor um 3-0 a um Portugal que não foi o mesmo de há três dias.

Pese embora a exibição frente ao Egipto também não tivesse “enchido o olho”, a verdade é que a vitória foi alcançada mas perto e depois de completados os noventa minutos, em dois lances técnicos de eficácia total, com a cabeça de Ronaldo a dar seguimento para as redes de dois lançamentos milimétricos de Quaresma.

Esta segunda-feira, com uma equipa quase toda renovada, a situação piorou (como se pode verificar pelas expressões de Cristiano Ronaldo depois de ser substituído e até final do jogo, postado na boca do túnel de acesso aos balneários) e os três golos sofridos, para além do mérito dos marcadores, ficam-se a dever a desacertos na linha defensiva, porquanto deixaram os adversários livres para poderem marcar à vontade.

Apesar de ter maior posse de bola (57/43 %) e de número de remates à baliza (7-4), a verdade é que os holandeses foram mais práticos e dos quatro remates fizeram três golos.

Depay, a passe de Donny van de Beek, abriu o activo (12’), antecipou-se a José Fonte, na pequena área, e rematou pela certa.

Um erro de Ake (28’), ao atrasar a bola para o guarda-redes, quase fazia golo na própria baliza, mas o número um conseguiu afastar a bola quase em cima da linha de golo, gorando-se a hipótese de empate para Portugal.

Pouco depois, a Holanda chegou ao 2-0. Respondendo da melhor forma a um cruzamento de De Ligt, Ryan Babel (32’), deixado só frente a Anthony Lopes, cabeceou para onde quis.

Só depois (40’) é que Portugal criou perigo, com um remate de bruno Fernandes mas que passou ao lado.

Na resposta, os holandeses estiveram (43’) à beira do terceiro golo, mas o guardião nacional conseguiu defender a cabeçada de Depay.

Ainda assim, dois minutos depois (45’), os holandeses chegaram ao 3-0, com um golo de Virgil van Dijk, também deixado sem marcação, e que rematou forte fazendo a bola seguir para a baliza apesar de ter três defesas lusos pela frente. A chama lusa estava quase “apagada” mentalmente.

No segundo tempo, a forma anímica não era a mesma e pior ficou quando (62’) Cancelo pisa ostensivamente um jogador holandês, que valeu o segundo amarelo e expulsão directa.

Se com onze já seria difícil recuperar, com dez ficou mais difícil e “agravado” ainda pela excelente exibição do guardião do país das tulipas, que não permitiu que a bola entrasse fosse de que maneira fosse.

Não está em causa o valor dos jogadores que estiveram no relvado, que o comprovaram, só que os “ventos” mudaram de direcção, por um lado (aproveitando as falhas da defesa lusa) e, por outro, nem sempre é “Natal”, como aconteceu com o Egipto.

Há muita coisa para fazer e ainda há tempo, em especial, para recriar o espirito ganhador de 2016. Mas não vai ser fácil.

Depois de terminarem as competições principais (I Liga e Taça de Portugal), em que o sistema nervoso dos escolhidos vai ser “aliviado”, Fernando Santos vai tentar voltar a dizer que “só regressamos a Lisboa no último dia do campeonato”, se possível com o “caneco”.

Não há impossíveis. É preciso acreditar. Mas o trabalho de mentalização tem que ser muito bem feito.

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