Segunda-feira 25 de Novembro de 6565

Africanos dominaram EDP Meia Maratona de Lisboa

Erick Kiptanui _edp2018_11mar

DR / Marcelino Almeida – ML

Como se esperava – porque é um hábito de cerca de vinte anos – os africanos dominaram por completo a 28ª edição da EDP Meia Maratona de Lisboa, sem que houvesse recorde da prova porque as condições atmosféricas não o permitiram.

Na corrida masculina, o grupo das estrelas (dezena e meia) isolou-se no comando das operações, com as lebres a não dar conta de si e o vento a soprar forte (contras os atletas) por toda a zona ribeirinha de Lisboa.

O referido grupo manteve-se mais ou menos coeso até cerca dos 17 km, quando alguém concluiu que estava na hora de definir posições, tendo o queniano Erick Kiptanui levado a melhor sobre toda a gente e, galvanizado com o ficar isolado, deu “corda aos sapatos” – ante um certo adormecimento de todos os outros incluindo o principal candidato Zerseney Tadese – e só parou na linha de meta, ganhando onze segundos ao eritreu Yohanes Gebregergish.

Um pouco antes , aos 13 km, o queniano Edwin Kiprop Kiptoo, outro dos favoritos e que seguia na linha da frente, caiu e foi “atropelado” pelos que vinham atrás (também quase por num carro da organização, que não se percebeu porque vinha tão perto dos atletas), ficando ferido num ombro, perdendo cerca de um minuto para se levantar e voltar a correr.

No que foi uma estreia brilhante estreia na distância (21.097 metros), Kiptanui cumpriu o percurso no tempo de 1.00.05, à frente do eritreu Yohannes Gebregergish (1.00.16) e dos quenianos Morris Gachaga e Nicholas Kosimbei, respectivamente com 1.00.17 e 1.00.21. Posições seguintes para o etíope Atsedu Tsegay (1.00.28) e para o recordista mundial da distância (58.23 em Lisboa, em 2010).

Em termos globais, os tempos finais formaram a melhor nota de sempre em termos de estatísticas, já que grande parte deles ficaram na casa da uma hora, o que é muito bom, em especial face às condições atmosféricas que vigoraram e que fizeram abortar a utilização da ponte sobre o Tejo.

Quanto aos portugueses, Bruno Paixão (22º) voltou a vencer (tal como o ano passado), desta vez com mais doze segundos que o vencedor, seguindo-se João Antunes (1.07.17) e Jorge Varela (1.07.52), os três que foram ao pódio.

Na prova feminina, o pelotão das mais consagradas andou quase sempre junto, se bem que a vencedora só se conheceu na recta da meta, com Etagegne Woldu (Etiópia) a sprintar para o triunfo na pequena recta da meta, onde chegou com o tempo de 1.16.43, à frente das suas conterrâneas Belainesh Ojira e Helen Bekele Tola, respectivamente com mais dois segundos e seis segundos. Mimi Belete (Burundi) e Magdalyne Masai (1.11.49).

Filomena Costa foi a melhor portuguesa (10ª) com 1.16.43, quase cinco minutos depois da vencedora.

Mónica Silva (11ª) e Vera Nunes (12ª) completaram o pódio das portuguesas, com 1.16.58 e 1.17.08, seguindo-se Carla Martinho (1.17.24) e Doroteia Peixoto (1.17.51

Numa e noutra, registaram-se surpresas em relação aos vencedores – e ainda bem – sinal de que não há lugar certo para ninguém.

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