Com os primeiros quinze minutos de “miséria” – o Benfica quase não conseguia sair do seu meio campo por força da táctica imposta pelos madeirenses – Jonas estava no local e hora certas para abrir o activo (16’) e colocasse a equipa a jogar para a goleada, que acabou por sair normalmente.
A partida iniciou-se com uma oportunidade de golo para os visitantes quando Correa rematou forte para Varela fazer uma excelente defesa ainda que não agarra-se a bola, no que podia ser um golo porquanto Correia estava desmarcado para a recarga mas não conseguiu chegar à bola.
Depois (10’) foi Ruben Ferreira a tentar a sua sorte com um remate de longe mas que passou a poucos centímetros do poste. Apontamento que apanharam o Benfica de surpresa e que podiam complicar se tivesse surgido algum golo.
Mas o “Rei” dos marcadores (já vai em 30) teve a felicidade de estar no lugar certo para dar seguimento a um passe, da frente para trás e em desequilíbrio, por parte de André Almeida, com a bola a chegar ao “matador”, que rematou forte junto à parte interna do poste da baliza à sua guarda e abriu o activo.
A partir daqui, o Marítimo recuou mais e, dando luta de vez em quando, poucas iniciativas tomou já que o Benfica passou a dominar os acontecimentos, deixou de dar espaços e “aproveitou” tudo que a partir daí começou a surgir.
Tanto que chegou ao 2-0 (22’) num ápice, com Grimaldo a fazer o gosto ao pé, desmarcando-se pela esquerda do ataque, surgindo isolado frente a Charles que levou com um “chapéu” quando saiu da baliza para tapar o caminho. Não conseguiu e Grimaldo fez um golo de belo efeito, diga-se, com nota artística positiva.
Mais cinco minutos (27’) e Cervi perdeu uma enorme oportunidade de aumentar o resultado, uma vez que só, frente ao guarda-redes, quis “ofertar” o golo a Jonas, que estava em posição de fora-de-jogo. Bastaria um pequeno remate e o 3-0 estaria aí feito.
Mas não tardou muito porque o “caudal” benfiquista estava no auge (como a chuva a cair pela relva) e (34’), chegou-se ao 3-0 com um novo golo de Jonas, num toque subtil de “Rei”, antecipando-se ao defesa e ter conseguido meter o pé na jogada, no seguimento da jogada gizada por André Almeida.
Oito minutos depois (42’), o Benfica chegou ao 4-0, com novo golo de Jonas, na marcação de uma grande penalidade por falta sobre Rafa,
No segundo tempo, a toada foi mais suave, porque o Benfica estava prestes a vencer com toda a naturalidade e foi controlando o jogo até final, tendo obtido ainda o quinto golo por intermédio de Zivkovic (81’), num remate em arco que deu efeito à bola e esta foi entrar junto a parte interna do poste, fixando o 5-0 de todo merecido.
O Marítimo só aguentou os primeiros quinze minutos e depois foi tentando recuperar, o que só aconteceu na segunda parte, mas aí com o Benfica a “descansar” mais pelos quatro golos obtidos no primeiro tempo.
Com a derrota do Sporting no Dragão, o F. C. do Porto ficou mais isolado, somando 67 pontos, enquanto o Benfica subiu ao segundo lugar (62) e os leões desceram ao terceiro, com 59. O Braga, que derrotou o Estoril (6-0), mantém o 4º, com 55, ficando apenas a 4 pontos dos leões.
Com uma moldura humana de 52,460 espectadores (o que tem sido normal em quase todos os jogos em casa), por certo que os adeptos benfiquistas acreditam que o penta é possível.
Sob a direcção do árbitro lisboeta Hélder Malheiro – que não teve problemas de maior para resolver – assistido por Bruno Jesus e Tiago Rocha, as equipas alinharam:
Benfica – Varela; André Almeida (Douglas, 78’), Jardel, Rúben Dias e Grimaldo; Pizzi, Fejsa (Samaris, 66’) e Zivkovic; Rafa (Raul Jimenez, 73’), Joanas e Cervi.
Marítimo – Charles; Bebeto, Zainadine (Diney, 74’), Pablo e Rúben Ferreira; Gamboa e Fábio Pacheco; China (Jean Cleber, 83’), Correa e Valente (Fabrício, 60’); Tagueu.
Disciplina: Vermelho (directo) para Gamboa (57’); Amarelos para Pablo (41’), Bebeto (54’) e Fabrício (90’).