É caso para dizer que – como previmos antecipadamente de que o representante português queria ver o sol na madrugada (em Portugal) – Arthur Hanse brilhou a grande altura na prova de Slalom Gigante ao obter um extraordinário 38º lugar na classificação geral após as duas mangas.
No que foi mais um dia dos Jogos Olímpicos de Inverno, em PyeongChang (Coreia do Sul), Portugal confirmou que, sem ter neve para treinar, que também pode fazer brilharetes como o que conseguiu nesta quinta-feira.
Hanse cumpriu a primeira manga com o tempo de 58.26 (a cerca de onze minutos do primeiro (o norueguês Henrik Kristottersen) e a segunda em 1.00.35 (a perto de nove minutos do sueco André Myhrer, que se sagrou campeão) demonstrando que esteve regular e, acima de tudo, redimiu-se do “menos bom” comportamento há quatros anos, em Sochi, em que se viu obrigado a desistir nas duas provas.
Enquanto na estreia se sentiu menos à vontade, com tudo e com todos, a verdade é que Hanse confirmou que é um atleta de excelência, como ficou provado.
O sueco Myhrer realizou a primeira mão em 47.93 e a segunda (onde foi segundo) e contabilizou 1.38.99, o melhor registo global (e consequente medalha de ouro), numa luta bem acesa com o par que com ele foram ao pódio, respectivamente o suíço Ramon Zenhaeusern (1.39.33) e o austríaco Michael Matt, que foi terceiro, com 1.39.66.
No campo das medalhas, a Noruega continua a estar na frente (pelo maior número de medalhas de prata), dado que em ouro está empatada com a Alemanha (segunda), com os noruegueses a somar 35 medalhas (13-12-10) e os alemães 25 (13-7-5). O pódio fecha com o Canadá, com 24 medalhas (9-7-8).
Seguem-se Estados Unidos da América, com 21 (8-7-6); Holanda, com 17 (7-6-4); Suécia, 10; França, com 15 (5-4-6); Áustria, com 13 (5-2-6); Coreia do Sul, com 11 (4-4-3); Suíça, com 11 (3-6-2); Japão, com 11 (3-5-3) e Itália, com 10 (3-2-5), tendo como limite máximo (até ao momento) a conquista de três medalhas de ouro.
Os países medalhados são 29, tendo o Liechtenstein sido o último a entrar com a conquista de uma medalha de bronze.
Até domingo – dia do encerramento – haverá finais de várias provas, sendo as quatro últimas ainda no domingo, como são os casos do Bobsleigh, Cross Country Skiing, Curling e Hóquei no gelo, naturalmente sem portugueses.