Com uma segunda jornada teoricamente mais favorável, a equipa masculina do Benfica conseguiu confirmar o favoritismo e acabou por conquistar – apenas por um ponto – o título de campeão nacional de pista coberta, competição que decorreu na Expocentro, em Pombal.
A juntar a este título (perdido o ano passado), Tsanko Arnaudov aumentou o ego do triunfo benfiquista ao bater o recorde nacional do lançamento do peso, em pista coberta, ao lançar o engenho a 21,27, no que foi o melhor resultado dos campeonatos.
O conjunto de resultados obtidos – com esta excepção e com a da sportinguista Cátia Azevedo, que no sábado tinha alcançado o mínimo dos 400 metros para os mundiais da especialidade – não tiveram grande cunho técnico, até porque neste tipo de campeonato (por pontos), o que interessa mais é a táctica para ganhar mais pontos e nem tanto as marcas alcançadas.
Na primeira ronda, como referimos, a desclassificação de um atleta do Sporting fez com que a equipa perdesse sete pontos (com seis provas ganhas contra uma do Benfica, o Sporting seguia na frente com à vontade) e, por isso, chegaram ao fim da jornada empatados a 48 pontos.
Neste segundo dia, tudo foi diferente, e confirmaram-se as expectativas benfiquistas, que começaram a ganhar força quando ganharam quatro provas contra duas pelo Sporting, com uma (800 metros) a não nem um nem outro.
Nas duas últimas provas do programa, o Benfica – que estava em desvantagem pontual – viu Pablo Pichardo (17,19) vencer Nelson Évora (17,06) no triplo e, na estafeta de 4×400 metros, também foi o Benfica a superiorizar-se ao Sporting, confirmando a vitória final.
O Benfica somou 100 pontos, o Sporting 99 e o terceiro lugar foi para o Sporting de Braga – de regresso à ribalta da modalidade onde já foi rainha (crosse e estrada no feminino) – que somou 68 pontos.
O Benfica conquistou o 8º título, sendo os restantes (17) do Sporting.
No feminino, as leoas não tiveram qualquer problema para vencerem com facilidade (105 contra 79 da Juventude Vidigalense), enquanto o Benfica foi 4º (65) batido pelo Sporting de Braga (66), na competição em que os resultados técnicos pouco sobressaíram.
Foi o 23º título alcançado pelo Sporting, com os restantes dois a pertencerem ao Benfica e ao F. C. do Porto.
De registar a confirmação da ausência das duas melhores triplistas portuguesas (Patrícia Mamona, do Sporting, e Susana Costa, da Academia Fernanda Ribeiro), por lesão, que também as impedirá de ir ao mundial de pista coberta (1 a 4 de Março em Birmingham, G. Bretanha), aliás como o lançador (peso) Francisco Belo (Benfica) pelos mesmos motivos.
Em função disso, Portugal deverá estar representado no mundial por Loréne Bazolo (Sporting) nos 200 metros (7,27); David Lima (Benfica), nos 60 metros; Nélson Évota (Sporting) no triplo (17,30) e Tsanko Ardaunov (Benfica) no peso (21,17).