Ao quinto dia dos Jogos Olímpicos de Inverno, que decorrem em PyeongChang (Coreia do Sul), a Alemanha comanda a lista das medalhas conquistadas, tendo atingido quatro de ouro, uma de prata e duas de bronze, num total de sete.
Também com sete mas apenas três de ouro (duas de prata e duas de bronze) está a Holanda, seguindo-se a Noruega (2-4-3), o Canadá (2-4-1) e os Estados Unidos da América (2-1-1).
Nesta olimpíada na neve e no gelo, realizam-se 102 provas em quinze modalidades diferentes, que abrangem um total de 2.900 praticantes desportivos oriundos de 94 países, um novo recorde de participantes (há 4 anos, em Sochi, tomaram parte representantes de apenas 88 países, o que é um êxito.
Outro facto de inigualável valor – pelo menos nesta trégua olímpica que decorre até ao dia 25 deste mês de Fevereiro, último dia dos Jogos – foi a reunião da “desavinda” Coreia do Norte, que há alguns anos deixou de estar no “eixo” pacífico para se virar para as questões “nucleares”, como que amedrontando não só a península coreana mas também países vizinhos e mais longínquos, que ameaçou com todo o seu poderio bélico.
O assunto foi repensado, em especial pela pressão promovida pelos aliados orientais e ocidentais – que lavaram as Nações Unidas à aplicação de várias sanções de ordem económica que foram “asfixiando” a própria Coreia do Norte, que está em escassez de bens e produtos de primeira necessidade para um povo depauperado.
Os norte-coreanos perceberam que o encaminham que estavam a levar não era o melhor e ao “aceitarem” esta trégua olímpica, aprovando – ainda que com uma comitiva reduzida – e aceitando estar em casa do vizinho do Sul, onde tem sido bem tratados e parece que nada se passou anteriormente.
Espera-se que seja o primeiro passo que, depois do dia 25, dê lugares a outros mais largos no caminho da paz e da razão humana de viver, isto é, que todos devemos irmãmente reunidos à volta dos ideais que o Barão Pierre de Coubertain, o iniciador dos Jogos Olímpicos, defeniu para as relações entre povos.
Ideais que levaram também, muito mais recentemente, Nelson Mandela – o antigo líder sul-africano – a proclamar que “o desporto tem o poder de unir os povos”. Que assim seja.
Regressando aos Jogos do dia e às curiosidades, as actividades decorrem em doze recintos desportivos centralizados em duas zonas: na montanha, em PyeongChang e na costeira, em Gangneung.
Seis novas disciplinas foram introduzidas nestes Jogos – casos do Snowboard Big Air, Curling Mixed Doubles, Speed Skating Mass Start e Esqui Alpino Nation Team Event.
Cerca de 22.500 voluntários formam um grupo de elevado “know haw”, que fazem para que tudo dentro do foi programado.
Portugal em competição no dia 16
Como se sabe Portugal participa pela oitava vez, de novo com dois desportistas, como são os casos de Arthur Hanse (esqui alpino e presente há quatro anos em Sochi) e Ke Quyen Lam (esqui nórdico).
O primeiro a entrar em acção será Kequyen Lam, que esta sexta-feira (dia 16) estará na única prova em que participa, os 15 km de Esqui Nórdico Crosse Country, que decorrerá na Alpensia Cross-Country Centre e cuja partida está marcada para as 15 horas locais (6 horas da madrugada em Portugal).
Lam tem 38 anos, nasceu em Macau e vive no Canadá, antes de praticar o esqui fez Snowboard Cross e falhou a qualificação para os Jogos de Sochi (2014), pelo que é a primeira participação olímpica.
Entre 6 de Dezembro de 2015 e 10 de Dezembro de 2017 tomou parte em 18 competições em vários países, tendo obtido como melhor resultado dois quartos, um quinto e um sexto lugares (Novembro e Dezembro passado, em Bogotá-Colômbia).
Arthur Hanse tem 24 anos, nasceu em Paris e vive em Lyon, sendo a segunda participação nos Jogos, depois de Sochi’2014.
Vai participar nas provas de Slalom Gigante, no dia 18 deste mês (1ª manga pelas 10h15 locais, uma hora da madrugada em Portugal) e a segunda pelas 13h45.
No dia 22 estará presente no Slalom, dentro do mesmo horário.
Entre 3 de Abril de 2016 e 14 de Janeiro de 2018, Hansen tomou parte em vinte competições, com o melhor resultado a ser obtido (3º) no Grand Slalom efectuado em Cedars (Líbano) em Janeiro de 2017, seguindo-se um 4º e um 6º no mesmo local.
Na última prova efectada (Janeiro deste ano), obteve o 18º lugar no Slalom efectuado em La Norma (França).
Resta aguardar pelo “hora certa no lugar certo” na procura de um “resultado certo”.
