Ficando para a história do futebol português ao ser afastado na fase de grupos sem conseguir qualquer ponto na Champions League, o Benfica teve uma actuação incrivelmente “deslavada” ante um Basileia que desde o apito inicial acreditou que podia vencer na Luz, como o fez, com categoria.
Os suíços começaram por “defender” no meio campo do Benfica, muito “gelado” em todos os sectores, deixou pouco espaço para que os encarnados pudessem atacar e não abriu muitas brechas, tendo controlado o jogo desde o início.
Tanto que foi a primeira equipa a criar perigo, quando (3’) Svilar foi chamado a defender um forte remate de Oberlin, no que foi o primeiro sinal de “alarme”, dado que dois minutos depois o Basileia abriu o marcador (5’) com um golo marcado por Elyounoussi, que respondeu da melhor forma a um centro milimétrico feito por Lang que, no seguimento de um ataque pelo lado direito, enviou a bola para o lado contrário onde Douglas se “esqueceu” de fazer a cobertura e o número 24 dos visitantes cabeceou para a baliza sem ninguém por perto.
Ainda que lento – demasiados passes laterais e para trás – o Benfica tentou acertar com o caminho para a baliza contrária mas Pizzi (13’) é que não acertou com a baliza num remate de longe.
Em duas jogadas seguidas, Zivkovic (19’) arrancou um canto para a área, onde surgiu Lisandro López a cabecear mas levando a bola a bater num defesa suíço e seguir para novo canto, marcado por Pizzi, e que João Carvalho (20’) mandou a bola a rasar o poste.
O Benfica estava a “levantar-se” mas, ainda assim, com pouca convicção, permitindo (31’) que Oberlin centrasse para Elyounoussi rematar e obrigar Svilar a esticar-se todo para agarrar a bola.
O lance de maior perigo criado pelo Benfica no primeiro tempo foi criado por Seferovic que (36’) rematou forte com o pé esquerdo, já dentro da área dos suíços, que o guardião Vaclík estirou-se e defendeu para canto.
Na resposta (38’) recebeu a bola num passe de “morte”, que não teve efeitos mais práticos porque Steffen rematou contra Jardel e a bola foi para pontapé de canto.
O Benfica ainda construiu duas jogadas com algum perigo, com Pizzi (40’), num remate de longe, fez a bola cruzar a pequena área e a bolça foi sair no lado contrário junto ao poste mais longe, enquanto Eliseu (44’), no seguimento de um canto, cabeceou à figura do guardião visitante.
No segundo tempo, Samaris (50’) “cavalgou” o campo todo até à pequena área, centrou para João Carvalho que cabeceou ao lado. Logo de seguida (53’) Pizzi marcou um canto para o cabeceamento de Lisando López, não acertando o alvo.
Depois de Pizzi ter cobrado outro livre (63’) de que nada resultou, o Basileia chegou ao 2-0, com um golo obtido, em voo rasante, por Oberlin (64’), depois de um livre marcado por Zuffi.
E o terceiro golo esteve à vista, depois de Svilar ter “oferecido” a bola a Steffen, que chutou ao lado.
O Benfica – já com Jonas, que entrou dois minutos antes – voltou a sofrer mais um golpe nas aspirações de vencer e ainda tentou chegar ao golo de honra, sem o ter conseguido até final dos 90+5’ de jogo.
Foi mais uma frustração, psicologicamente a equipa está “derreada” e se a situação não for atacada a tempo e horas pode causar danos irreparáveis na presente época, tendo começado pelo afastamento das competições europeias.
Referência para Lisandro López, Dougls, Seferovic, Zivkovic, Eliseu e Pizzi, no Benfica, e Vaclík, Lang, Steffen, Oberlin, Elyounoussi e Akanji, no Basileia.
A equipa de arbitragem chefiada pelo espanhol Jesús Gil Manzano não teve problemas de maior, se bem que um ou dois (dos quatros mostrados) cartões amarelos foram injustificados.
Equipas:
Benfica – Svilar; Douglas, Lisandro López, Jardel e Eliseu; João Carvalho, Samaris (André Almeida, 72’) e Pizzi (Gabriel Barbosa, 72’); Zivkovic, Seferovic e Diogo Gonçalves (Jonas, 61’).
Basileia – Vaclík; Suchy, Akanji e Balanta; Lang, Xhaka, Zuffi e Petretta (Riveros, 81’); Steffen (Fransson, 90+4’), Oberlin (Bua, 88’) e Elyounoussi.
Cartões amarelos: Xhaka (8’), Akanji (62’), Samaris (66’) e Petretta (74’).
Artur Madeira