Suspenso, ainda que parcialmente, desde Junho deste ano – pelo não cumprimento da regulamentação e procedimentos analíticos definidos pela WADA – o laboratório norte-americano de Los Angeles (UCLA) voltou a entrar em plena actividade a partir de 27 Setembro passado, mantendo-se o grupo de trinta e um laboratórios acreditados em todo o mundo.
A notícia foi veiculada pela WADA após Craig Reedie, presidente do Comité Executivo, assinou o despacho de autorização após o parecer técnico emitido pelo grupo de especialistas que analisam estes processos, no seio da agência mundial.
O problema sinta surgido quando o citado laboratório não cumpriu, dentro dos (apertados) critérios definidos para a respectiva acreditação, relativamente aos resultados que efectuou a quatro substâncias específicas, que se mostraram “resultados analíticos adversos” em relação ao manual em vigor.
Este tipo de testes, promovidos anualmente pela WADA, servem para verificarem se estão a operacionalizar os procedimentos – através dos designados testes “cegos” – da forma correcta e determinada nos respectivos manuais.
A WADA é responsável pela acreditação e re-credenciamento de laboratórios antidoping, garantindo que mantenham os mais altos padrões de qualidade.
Sempre que um laboratório não cumpre com requisitos, a WADA pode decidir suspender ou revogar a acreditação do laboratório.
O alto número de suspensões de laboratório em 2016 e 2017 foi o resultado directo dos procedimentos de avaliação da qualidade mais rigorosos proferidos pela AMA para garantir que os laboratórios mantenham os padrões mais elevados.
Foi por isso que o Laboratório de Lisboa foi suspenso desde 15 de Abril 2016.
Os trinta e um laboratórios acreditados são: Bogotá (Colômbia), Havana (Cuba), Los Angeles (EUA), México, Montreal (Canadá), Rio Janeiro (Brasil) e Salt Lake City (EUA), no âmbito das Américas; Bangkok (Tailândia), Beijing (Rep. China), Doha (Qatar), Nova Deli (Índia), Seul (Coreia do Sul) e Tóquio (Japão), na Ásia; Ankara (Turquia), Atenas (Grécia), Barcelona (Espanha), Bucareste (Roménia), Colónia (Alemanha), Ghent (Bélgica), Helsínquia (Finlândia), Kreischa (Alemanha), Lausana (Suíça), Londres (G. Bretanha), Madrid (Espanha), Oslo (Noruega), Paris (França), Roma (Itália), Seibersdorf (Áustria), Estocolmo (Suécia) e Varsóvia (Polónia), na Europa; Sydney (Austrália), na Oceânia.
Poderá pensar-se, face à situação política vigente em Espanha, nomeadamente sobre o movimento independentista da Catalunha, o que acontecerá ao laboratório de Barcelona no caso de a independência avançar.