A outorga do galardão de Membro de Mérito do Comité Paralímpico de Portugal a Humberto Santos, o homem que deu “à luz” – com outros amigos dirigentes – ao referido Comité, há pouco mais de nove anos, foi o ponto alto da cerimónia comemorativa do 9º aniversário desta instituição. Pé ante pé, mas com força inquebrantável, Humberto Santos e seus pares construíram as raízes e foram-nas “regando” sempre até há pouco tempo, quando terminou o segundo mandato, deixando uma instituição que é uma referência nacional e internacional. Daí o merecimento da atribuição deste prémio.
A cerimónia foi ainda palco para que José Manuel Lourenço, actual presidente fizesse um balanço altamente positivo, porquanto a parceria com as federações desportivas das várias modalidades que se adoptam no desporto paralímpico alargaram o leque de cooperação e são agora trinta, um número que poderá aumentar em função das disciplinas que o Comité Paralímpico Internacional e da organização dos Jogos Surdos Olímpicos possam definir como novas.
Mas a questão mais forte – entre outras – a que se referiu foi o que respeita que ainda não há igualdade plena porquanto os representantes das APCAS (Associação de Paralisia Cerebral de Almada e Seixal) estão institucionalizados e não inclusivos, isto é, não integrados em qualquer projecto nesta área, pelo que “não se pode deixar ninguém para trás”.
José Manuel Lourenço pretende aprofundar as relações com os países de expressão portuguesa para a criação da Associação dos Comités Paralímpicos da Lusofonia.
Ana Sofia Antunes, Secretária de Estado da Inclusão e Pessoas com Deficiência, reforçou que o governo está a trabalhar para que o contrato olímpico seja implementado o mais rapidamente possível, citando que os prémios aos medalhados já tinham sido igualados para os Jogos do Rio de Janeiro, o que foi um passo importante e que o sentido é sempre de melhorar dentro das condições orçamentais que sejam disponibilizada para esta área.
Para João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, nestes nove anos o CPP foi muito valorizado, quer pela obra que os corpos sociais desenvolveram bem como as parcerias que entretanto permitiram um maior apport financeiro para os Jogos do Rio de Janeiro.
Salientou a justeza do galardão de Membro Honorário atribuído a Humberto Santos e salientou que o governo está atento às situaçºoes que já foram reportadas quanto à falta de instalações para treino de algumas modalidades, em especial do Boccia, no norte do país
Pelo meio ficaram os agradecimentos a um vasto leque de empresas (privadas) e instituições que tem vindo a angariar fundos para o CPP, tendo José Manuel Lourenço salientado que, provavelmente, a mensagem que está em vigor (e com êxito) de “Igualdade, Inclusão & Excelência Desportiva” devesse ser de “Equidade, Inclusão & Excelência Desportiva” para poder albergar todos os cidadãos portadores de deficiência.
“Quanto o Desporto chama todos ouvem” também foi um slogan deixado opara executar, sendo ainda de salientar o facto de, pela primeira vez, o CPP ter celebrado um protocolo com a Federação Académica do Desportivo Universitário no âmbito da implementação de programas junto dos cidadãos portadores de deficiências quer frequentem o ensino universitário.
Protocolo que vem no seguimento do que os Jogos Santa Casa já concretizaram para o apoio a este ciclo olímpico (2017-2020 – Tóquio).
Na forja ainda a assinatura de um protocolo de cooperação com a Confederação dos Treinadores de Portugal.
Um rol de acções que se reflictam num trabalho produtivo com vista a Tóquio’2020.
