Domingo 23 de Novembro de 2577

Liga dos Campões – Sporting atrasou-se com auto golo de Coates

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© 2017 JCMYRO

A derrota frente ao Barcelona mantém o Sporting no segundo lugar do grupo, a par da Juventus, depois de uma partida em que os espanhóis foram os “donos da bola” (65%-35%) – juntando ainda os seis remates espanhóis para os três dos leões à baliza adversária – justificou de alguma forma o triunfo dos catalães.

Também não há dúvida de que o Barça se tornou o mais perigoso, com Rui Patrício a safar algumas situações perigosas com defesas de categoria, mas não soube arriscar quando do único golo que sofreu – marcado por Coates numa disputa, perna a perna, com Luiz Suarez, tendo o defesa leonino o azar de a bola tocar na sua perna.

O golo foi no seguimento da marcação de um livre (49’), sobre a esquerda do ataque espanhol, com a bola a ser bombeada para o centro da pequena área, não tendo Patrício tentado a saída de entre os postes e desviar a bola, acabando esta por se “embrulhar” em Coates e Luiz Suarez, com o azar à bater à porta do sportinguista.

Depois de uma primeira fase de “estudo”, sempre com o Barça a fazer render o tempo, procurando uma oportunidade (para o caso “abébia”, como se verificou) para marcar, pese embora a emoção não tivesse estado muito à flor da pele.

Por várias vezes, Gelson (já é habitual) e Bruno Ferrnandes (ganhou estatuto mas é preciso fazer mais e melhor) voltaram a quererem ser os protagonistas e abusara das jogadas individuais, das quais nada resultou.

A defesa e a linha média “secaram” quase por completo a estrela da companhia (Messi), tendo sido Luiz Suarez o mais perigoso durante todo o tempo em que jogou, enquanto ao Sporting valeu ainda a excelente exibição de Mathieu, o melhor na formação leonina.

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Para além da “pressão” vinha do lado Barça, outro facto que criou grande instabilidade na equipa sportinguista foi o romeno Ovidiu Hategan, o árbitro do jogo, que optou por uma “dança oriental” para pressionar os jogadores do Sporting, massacrando-os com a atribuição de amarelos não justificados, enquanto os espanhóis apenas viram um.

Por outro lado – que só não deram caso porque os envolvidos não souberam aproveitar a vantagem – o assistente do lado das cabinas deixou passar em claro alguns fora de jogo um deles (11’) e teve o azar de assinalar um mas que o árbitro não “passou cartão”.

Pressionados com tantos amarelos, os leões também jogaram com algum receio de poderem ser expulsos, tendo sido Fábio Coentrão aquele que podia ter sido expulso, face à sua impetuosidade.

Os remates para a baliza foram poucos, como se referiu, pelo que em nove (três para o Sporting e seis para o Barça) nenhum deles deu golo, dado que o triunfo dos visitantes saiu de um auto golo, fora do conceito dos “remates para golo”.

O Barcelona foi sempre mais perigoso, se bem que o Sporting também gizou jogadas que podiam ter tido um melhor destino mas os atacantes leoninos não estiveram nos seus dias, nem nos lugares cruciais de oportunidades, que foram criadas até por Bas Dost, ao preferir passar para trás e não rematar e não estar lá nenhum seu companheiro.

Doumbia (39’) é parado à entrada da área, sai em voo para o chão, fica lesionado (sendo substituído poucos minutos depois por Bas Dost) e o árbitro entendeu (mal) que foi simulação e atribuiu mais um cartão amarelo aos leões, beneficiando claramente os espanhóis nesta aspecto.

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Nas raras vezes que Messi tentou fazer algo não passou nas “malhas” leoninas, muito embora numa ou outra jogada tivesse tido oportunidade de colocar Patrício à prova.

Bruno Fernandes, apesar do tal “egoísmo” pela bola, ainda fez perigar a baliza de Ter Stegen (71’), desta vez a passe de Dost que levou a bola a acertar o guarda-redes e não ter consequências práticas.

Coates ainda foi protagonista (85’) de mais um erro (finta a mais e ficou sem a bola no despique com Luiz Suarez), deixando quatro jogadores do Barça frente a Patrício e Jonathan Silva, que o guardião leonino acabou por resolver.

A última jogada do jogo, marcação de um livre directo por Bruno César no lado esquerdo do ataque sportinguista, podia ter um sequência que se entendia mais curial, porquanto não devia ser marcado por um esquerdino mas por um destro, porque importava carrear a bola para a pequena área e não a grande área. Feito a meia altura, podia levar um efeito de “folha seca” e por ainda beneficiar de algum toque nas pernas de alguém que a levasse para o fundo da baliza, empate que também seria merecido para o Sporting.

O Sporting não jogou o que vale e o Barcelona ficou muito aquém daquilo que tem mostrado noutros palcos.

O Alvalade XII esteve muito bem composto (com público até nas escadas de acesso às bancadas) que redundou em 48.575 espectadores, a cerca de 1.500 do recorde (50.046) frente ao Real Madrid.

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Na classificação, o Sporting soma 3 pontos, está a par do Juventus (venceu o Olympiac

os por 2-0) no segundo lugar, grupo que é liderado pelo Barcelona (6 pontos) e onde os gregos são últimos com duas derrotas=0.

Ovidiu Hategan dirigiu a partida nitidamente anti Sporting, quer na amostragem dos cartões quer nas faltas assinaladas com critérios diferenciados e quase sempre a beneficiar o Barça, onde os assistentes Octavian Sovre e Sebastian Gheorghe fizeram um papel de corpo presente ante a “autoridade” do chefe.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; Piccini, Coates, Mathieu e Fábio Coentrão (Jonathan Silva, 72’); Gelson, Battaglia, William Carvalho e Acuña (Bruno César, 72’), Bruno Fernandes e Doumbia (Bas Dost, 43’).

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Barcelona – Ter Stegen; Nélson Semedo, Piqué, Umtiti e Jordi Alba; Rakitic, Busquets e Sergi Roberto (André Gomes, 86’); Messi, Suarez (Aleix, 89’) e Iniesta (Paulinho, 78’).

Amarelos: Gelson (6’), Coentrão (27’), Doumbia (43’), Acuña (48’), Piccini (53’), Coates (58’). Vermelho para Aleix, 90+2’)

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