No que foi um dos melhores da presente Liga, o Benfica venceu – e muito bem – o Paços de Ferreira por 2-0, ainda assim numa partida em que os castores tentaram ser “bons actores” mas pouco abertos ao caminho para a baliza contrária, onde não chegaram nas melhores condições, salvo uma ou outra das poucas excepções conseguidas.
Entrando a jogar a “alta velocidade” – desejosos de afastar os “maus-olhados ”nos últimos três jogos em que não venceram – os homens de Rui Vitória depressa deram a entender que estavam em campo com força mental e física para acertar as “agulhas” no caminho dos triunfos.
Entre os cinco e os vinte minutos Grimaldo começou por marcar um livre directo (8’) – pouco antes Jonas tinha aberto as “hostilidades” ao cabecear bem mas à figura do guarda-redes – que levou selo de golo mas encontrou o poste pelo caminho.
Aproveitando uma certa “abertura” global na defesa pacense – algo desgarrada em determinadas vezes – Pizzi lança Zivkovic, sozinho no lado direito (15’), isolou-se mas o defesa Francisco Afonso recuperou a tempo e “bloqueou” a jogada, que caminhada para um golo eminente.
Paços de Ferreira que aproveitou para tentar fazer alguns “raids” mas, por norma, sem qualquer perigo.
Pouco depois (17’) a bola é lançada para Jonas, que se isola a caminho da baliza contrária e, já dentro da grande área, vê-se confrontado com a “companhia” de Miguel Vieira, com os dois a tentar rematar ou a afastar a bola, esférico que vai bater estrondosamente no poste, ficando-se com a dúvida se foi Jonas ou o defesa a rematar, na tentativa de desviar para canto.
Mantendo pressão forte, Cervi (19´) obrigou o guardião Mário Felgueiras a uma grande defesa para o lado, não aparecendo ninguém para encaminhá-la para a baliza.
Mas o primeiro logo dos benfiquistas chegou logo a seguir (20’), com Zivkovic, uma vez mais, a lançar Cervi que, desta vez, rematou certeiro e sem qualquer hipótese para o guardião do Paços, fazendo o 1-0.
A partida manteve o ritmo normal e Luisão (23’), com uma cabeçada lá do alto, obrigou o guarda-redes pacense a defender para cima da barra, enquanto (26’) Seferovic, pela esquerda, tentou um centro, em arco, para um seu companheiro de equipa na área, mas a bola levou uma trajectória mais virada para a baliza e raspou na barra, perdendo-se pela linha final.
A caminho do intervalo, o Benfica ainda tentou aumentar a vantagem mas a verdade é que o Paços começou a acertar a estratégia na linha defensiva e o 1-0 manteve-se até final dos primeiros 45 minutos.
O recomeço correu melhor para o Paços, quando (46’) Rui Correia saltou mais alto do que toda a defesa e cabeceou levando a boça a rolar na barra. Um pequeno aviso para o Benfica de que o adversário ainda não estava “rendido”, até porque os pacenses começaram a pressionar mais à frente.
No entanto, foi o Benfica a beneficiar de um conjunto de erros (54’) tidos pela defesa forasteira, com erros e mais erros, que não deram em golo porque Cervi e Pizzi falharam.
Zivkovic (60’) voltou a estar em evidência (60’) ao fazer um remate de longe, com força, que a defesa desviou para canto, falta que deu origem ao segundo golo do Benfica.
Na marcação do canto, a bola chega a Jonas, a dois metros da linha de baliza, tentando um primeiro remate de calcanhar, que falhou, mas com tempo suficiente para insistir e fazer o golo ante a passividade do guardião Mário Felgueiras.
Mesmo com os dois golos de vantagem, o Benfica manteve a liderança da partida, tendo Pizzi lançado Grimaldo que rematou (65’) para o guardião pacense segurar, surgindo uma oportunidade (79’) para Mabil – que tinha entrado na formação pacense – mas a jogada morreu cedo.
A caminhar para o final e com o jogo mais calmo, Raul Jimenez ainda teve oportunidade de poder marcar (87’) quando tentou fazer um chapéu ao guarda-redes, que não foi na “fita” e recolheu a bola.
Posto isto, o Benfica venceu bem e reduziu dois pontos em relação ao Sporting, sendo de assinalar o facto de, apesar de ter vencido, o Benfica ter sido “amarelado” por três vezes mas realçando-se os 47.309 espectadores no Estádio da Luz.
Relevo para Grimaldo, Jonas, Pizzi, Cervi e Zivlovis, os grandes motores da equipa benfiquista, enquanto no Paços se rralça as actuações de Mário Felgueiras (o guardião que evitou muitos mais golos), Rui Correia, Welthon, André Leão, Miguel Vieira e Francisco Afonso.
O árbitro Carlos Xistra (Castelo Branco) deixou o jogo correr de demais (lei da vantagem quase sempre presente), o que deu abertura a um critério diferenciado nas faltas marcadas e cartões atribuídos, com base num apreciação não correcta das faltas verificadas. Os assistentes, pelas vezes que intervieram (poucas) quase não se viram, se bem que se continua a verificar uma posição incorrecta em relação à linha do último jogador de cada equipa, o que deu origem a alguns fora de jogo não marcados.
As equipas alinharam:
Benfica – Júlio Cesar; André Almeida, Luisão, Ruben Dias e Grimaldo; Zivkovic, Fejsa, Pizzi e Cervi (Diogo Gonçalves, 84’); Jonas (Krovinovic, 80’) e Seferovic (Raul Jimenez, 69’).
Paços de Ferreira – Mário Felgueiras; Bruno Santos, Rui Correia, Miguel Vieira, Francisco Afonso; Vasco Rocha, André Leão e Mateus; Welthon, Diego Medeiros e Xavier.
Disciplina: amarelo para Rúben Dias (43’), Zivkovic (49’), Seferovic (67’) e André Leão (90+1’)
Nos outros jogos deste sábado, o Chaves foi ganhar ao Estoril (2-0), com golos de Djavan e Bressan) o Sporting perdeu dois pelo empate (1-1) e em que beneficiou de um autogolo marcado por Aberhouve e o golo marcada por Rafael Costa (43’)
Esta ronda nº 7 só termina na segunda-feira.