Este domingo, Portugal vai ter uma entrada difícil – tal e a qual a Argentina – no 43º Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins (masculino), competição que decorrerá na cidade chinesa de Nanjing, aliás a capital dos patins, face ao número de competições que estão associadas.
Depois do mundial feminino e dos sub 20 (masculino) que Portugal venceu pela terceira vez consecutiva (passando a liderar no número de vitórias (4) contra 3 da Espanha), em paralelo decorre a partir de domingo o mundial absoluto masculino e ainda as corridas em patins, o que dá nome ao “Roller Games”.
Outra novidade advém do mundial ter tido alterações no quadro organizativo, dado que vão estar presentes 22 equipas, correspondentes a outros tantos países, cuja fase final (agora) tem três “divisões”: os que integram, por direito desportivo próprio, as oito melhores equipas do mundo, um segundo grupo com mais oito países que participam na Taça FIRS – que irão jogar para os lugares 9 a 16 – e, ainda, um terceiro grupo proveniente da Taça das Confederações, que irão lutar para os lugares entre o 17º e o 22º.
Os jogos destes grupos tem início no domingo (dia 3) de acordo com o seguinte calendário:
Campeonato do Mundo (1º ao 8º)
Grupo A
França-Itália e Portugal-Argentina
Grupo B
Chile-Moçambique e Alemanha-Espanha
Apuram-se os três primeiros de cada grupo para os quartos-de-finais, onde se juntam os participantes que estão colocados na Taça FIRS, para apuramento do 9º ao 16º posto, cuja primeira jornada é a seguinte:
Grupo A
Macau-Colômbia
Áustria-África do Sul
Grupo B
Egipto-Estados Unidos América
Angola-Holanda
Cujo vencedor de cada um destes grupos vai entrar directamente nos quartos-de-finais, no caminho para definir as posições 5ª à 8ª.
As restantes equipas – que apenas entram para o apuramento entre o 17º ao 22º lugar – vem da Taça das Confederações, cuja primeira jornada (também no domingo) alberga os jogos Taipé Chinesa-Nova Zelândia, Índia-Austrália e Israel-Japão.
Por sortilégio do sorteio, como se verifica, as duas das principais candidatas ao título encontram-se logo na jornada inaugural do grupo A, contando-se ainda com a presença da Itália – também pronta para poder fazer “estragos” – e fechando-se o grupo com a França.
No grupo B vão estar o Chile, Moçambique, Alemanha e Espanha, teoricamente mais fácil para os espanhóis e até alemães, com os chilenos a quererem “meter” a colher na corrida para o apuramento.
Para além dos campeonatos referidos, estes Mundiais de hóquei em patins integram, pela primeira vez, o Campeonato do Mundo da Federação Internacional de Roller Sports (FIRS), que engloba ainda patinagem artística, ‘freestyle’, patins em linha, velocidade e ‘skateboarding’.
Uma imensa promoção para as modalidades envolvidas, que poderão sofrer, a curto prazo, uma evolução importante pelo menos no encaminhamento de muitos jovens para esta área.
Vamos ver se a selecção A consegue repetir o feito dos sub-20: ser campeã mundial.
Aliás, em termos de seniores, Portugal não “molha o bico” desde 2004 até estes dias, período em que se efectuaram doze campeonatos, se bem que tenhamos mais lugares no pódio (39) do que a Espanha (36), que é a mais campeã (16) contra 15 dos lusos.