O britânico Mohamed Farah, triplo campeão olímpico, bem como o rei da velocidade pura mundial e também triplo campeão olímpico, o jamaicano Usain Bolt, terminaram da pior forma a sua carreira desportiva ao mais alto nível, depois das provas este sábado efectuadas em Londres.
Bolt, que integrou a equipa da estafeta de 4×100 metros da Jamaica, sendo o atleta a correr no último percurso, lesionou-se e foi obrigado a parar a meio da recta final, desistindo da competição.
Quanto a Farah queria sair (tal como Bolt) em beleza, com a conquista de uma medalha de ouro, no mínimo, mas as contas saíram furadas (chegou à prata nos 5.000 metros, porque não teve finish suficiente), ainda que se relevem e aplaudam as extraordinárias carreiras e exemplo para a juventude.
Estes foram os dados mais significativos na jornada nove, sendo de realçar ainda as melhores marcas mundiais do ano obtidas pelas formações dos 4×100 feminina dos Estados e masculina da Grã-Bretanha, tal como do francês Kevin Mayer no decatlo, ainda assim das poucas que se alcançaram ao longo destes nove dias de provas, o que significa uma estagnação de resultados, logo, não beneficiando a competição, pese embora o estádio olímpico estivesse praticamente esgotado todos os dias. É a simbologia dos Deus olímpicos.
Nas finais este sábado realizadas, Maria Lasitskene (dos atletas autorizados a participar), venceu o salto em altura com 2,03, à frente da ucraniana Yulia Levchenko, com 2,01.
Nos 100 metros barreiras, ouro para a australiana Sally Person, com 12,59, e prata para a norte-americana Daven Harper Nelson, com 12,63.
Nos 4×100 metros, a formação dourada foi a dos Estados Unidos, que ganhou o ouro com 41,82, a melhor marca mundial do ano, à frente da Grã-Bretanha, com 42,12.
Nos 5.000 metros, o etíope Muktar Edris foi “roubar” o ouro a Farah, vencendo com 13.32,79, contra os 13.33,22 do britânico.
Na final dos 4×100 metros (masculino), saída de cena da Jamaica (lesão de Usain Bolt) na recta final que a Grã-Bretanha aproveitou para conquistar o ouro com 37,47, a melhor marca mundial desta época, à ferente dos Estados Unidos, com 37,52.
No Decatlo, ouro para o francês Kevin Mayer, com 8.768 pontos, também a melhor marca mundial do ano, à frente do alemão Rico Freimuth, com 8.564.
Findo este nono dia, os Estados Unidos dominam a seu bel-prazer a conquista de medalhas, com 27, sendo 9 de ouro, 10 de prata e 8 de bronze. No segundo posto continua o Quénia, com 8 (3-1-4), Polónia, com 7 (2-2-3), Etiópia, com 4 (2-2-0), Grã-Bretanha, com 4 (2-2-0), África do Sul, com 5 (2-1-2), seguindo-se a França, com 3 (2-0-1).
Portugal integra o grupo dos 31 países que alcançaram uma medalha de bronze.
Na pontuação por países, os Estados Unidos seguem em frente e somam 240 pontos, contra apenas 90 do Quénia e 85 da Grã-Bretanha. A Polónia soma 71, Jamaica, 68 e Alemanha (64).
Portugal integra o grupo de 41 países que já pontuaram (2º lugar de Nelson Évora no triplo).
O mundial de Londres termina este domingo, com a presença de quatro atletas portugueses na marcha atlética, perspectivam-se ainda uma réstia de esperança de Portugal alcançar mais uma medalha.
Casos de João Vieira e Pedro Isidro nos 50 km marcha, Ana Cabecinha nos 20 km marcha e Inês Henriques, nos 50 km, ainda em marcha.