David (100 metros) e Marta Pen (1.500 metros) são os únicos portugueses que iniciam as respectivas competições no primeiro dia do mundial, esta sexta-feira, com a representação nacional a tentar “recuperar” o tempo perdido em relação à conquista de medalhas neste evento.
O registo tem vindo a diminuir, tendo apenas Nelson Évora conquistado o bronze há dois anos.
O Director Técnico Nacional, José Santos, preferiu “dourar a pílula” e dizer que “se passarem à meia-final é excelente e se forem à final é óptimo. As medalhas logo se verão!”
É o que se chama uma posição “politicamente correcta”, considerando os múltiplos factores que se podem colocar aos atletas onde, só eles, terão de saber ultrapassar os eventuais obstáculos que se possam colocar.
Marta será a primeira (19h35 local e portuguesa) a experimentar a pista quando se colocar na linha de partida para a segunda série dos 1.500 metros, onde terá de ficar até ao sexto lugar para ser apurada para a meia-final ou, no máximo, entrar nas outras com os seis melhores tempos seguintes às apuradas directamente.
Por seu lado, David só entra na segunda ronda (20h20) e que se juntará (com outros também livres da primeira ronda) aos 14 que serão apurados na ronda inicial. Se ficar apurado estará nas meias-finais (sábado) pelas 19h05 e no caso de ir à final voltará a correr às 21h45, fechando o programa do segundo dia.
Dia dois onde estará Salomé Rocha, na final dos 10.000 metros (20h10), depois de Tsanko Ardaunov e Francisco Belo terem feito (parte da manhã) a qualificação no lançamento do peso, bem como Patrícia Mamona e Susana Costa também tentarem no triplo o apuramento para a final.
Quanto a medalhas – em que a prestigiada revista de atletismo Track and Field News não atribui nenhuma a Portugal – cujo horizonte actual não é muito favorável, pode ser que haja algum “golpe de asa”, aproveitando para recordar que Portugal conquistou 17 medalhas desde que os mundiais se iniciaram, sendo cinco de ouro, seis de prata e seis de bronze.
Os reis do ouro são Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Manuela Machado, Carla Sacramento e Nélson Évora.
A melhor “colheita” foi em 1995 (quatro, 2 de ouro, 1 de prata e 1 de bronze) e em 1997, também com quatro. Mas apenas uma de ouro (1 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze).
Em termos de atletas presentes, os 20 que estão em Londres igualam 2005, estando o recorde em 29, em Berlim (2009).
Mas vamos esperar para ver o que se passará dia a dia.