Ainda vem algo longe – mas é já amanhã à velocidade que o tempo tem passado – mais uma edição da Volta a Portugal Santander Totta, que vai levar o ciclismo à porta dos que se vão encontrar sedeados ao longo do percurso.
No entanto, o ciclismo chegou mais cedo a Figueira de Castelo Rodrigo – local de partida para a 3ª etapa da mais importante clássica portuguesa – com o arranque das actividades da Academia da Volta, que teve a presença de Rui Vinhas e Joni Brandão, onde cerca de uma centena de crianças da região receberam dos “campeões das duas rodas” algumas dicas e truques para dominar a arte de bem pedalar.
A propósito da 3ª etapa, o vencedor da Volta de 2016, Rui Vinhas, lembrou que “nesta zona faz sempre muito calor e isso pode introduzir o factor da diferença, mas espero que seja um bom espectáculo e nós lá estaremos para tentar contribuir para isso!” .
Por seu lado, Joni Brandão referiu que “esta pode ser uma daquelas etapas traiçoeira, porque é um sobe e desce constante e depois temos a chegada a Bragança que não é propriamente fácil.” A Academia da Volta realiza-se pelo terceiro ano consecutivo e é uma extensão do maior evento de ciclismo em Portugal, com o objectivo de – segundo a organização da competição – criar novos momentos de relacionamento com os públicos mais jovens, divulgando a prática desportiva, e o ciclismo em particular, como um hábito de vida saudável e o uso da bicicleta como meio de transporte limpo.
A paisagem de Figueira de Castelo Rodrigo, entrecortada pela beleza dos campos de cereais e das árvores de fruto com majestosas manifestações de arquitectura religiosa, será um dos cenários da próxima Volta a Portugal em Bicicleta Santander Totta. A edição que vai assinalar os 90 anos da competição percorre o país de 4 a 15 de Agosto.
O percurso extremamente sinuoso deste dia de competição, com cerca de 170 quilómetros, vai terminar em Bragança.
Joaquim Gomes, o director da Volta, antecipou já o 7 de agosto, tendo salientado, tal como os dois ciclistas, que “o calor e a travessia da Serra de Bornes serão os principais obstáculos desta etapa. As primeiras dificuldades registar-se-ão logo no primeiro terço do percurso com a passagem em Vila Nova de Foz Côa e Torre de Moncorvo, onde estarão instalados dois prémios de montanha de 3ª categoria. Com as três Metas Volantes, bonificáveis, instaladas na segunda metade da etapa – St.ª Comba de Vilariça, Macedo de Cavaleiros e na primeira passagem em Bragança – será já em estradas brigantinas, com o Castelo Medieval como pano de fundo, que a derradeira selecção se fará. Provavelmente será um pelotão muito fraccionado que vai chegar ao final de etapa na Avenida D. Sancho I.”
Assistir à partida da Volta em Figueira de Castelo Rodrigo, tal como aconteceu o ano passado, após muitos anos de ausência do mapa da competição, será para o município mais um motivo de alegria e mostra da grande hospitalidade que caracteriza o território.
Paulo Langrouva, o presidente da Câmara Municipal, não tem dúvidas em afirmar que “a Volta a Portugal tem uma projecção enorme e é um evento fundamental para a promoção e divulgação da nossa região. A possibilidade que as gentes de Figueira de Castelo Rodrigo têm em conviver com toda a logística e emoção que a Volta a Portugal proporciona é única e importante para a dinânima da economia local!”
No historial de partidas e chegadas da Volta a Portugal, Figueira de Castelo Rodrigo conta já nove participações, sendo a sexta ocasião em que a prova partiu da vila. Por outro lado, a chegada a Bragança vai representar a 17ª vez em que a capital nordestina assiste a um final de etapa. Em 1927, aquando da realização da primeira edição, a cidade foi escolhida para acolher uma meta. Em 2015 foi a última vez que a Volta chegou a Bragança depois de uma das mais longas tiradas dessa edição.
Mantenha-se atento a mais informação sobre a maior prova ciclística que se efectua em Portugal, este ano a comemorar a 90ª edição. Que longa tradição e com muitas histórias ainda para contar.
