Mobilização, responsabilidade e motivação” foram as palavras-chave proferidas por José Lourenço, o novo timoneiro do Comité Paralímpico de Portugal (CPP) para o quadriénio 2017-2020, que terminará após os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Depois da tomada de posse e no discurso programático que proferiu – perante uma plateia de lucho, que contou com Tiago Brandão Rodrigues (ministro da Educação), João Paulo Rebelo (Secretário de Estado da Juventude e Desporto), Edite Estrela (presidente da Comissão de Cultura, Comunicação e Desporto da Assembleia da República), entre outras figuras do desporto paralímpico e nacionais – José Lourenço acrescentou que pretende “projectar o futuro corrigindo o passado”.
Mostrou-se preocupado com o “investimento que se tem feito em Portugal nos últimos anos ainda não é suficiente para se poder ombrear com os outros países, face ao elevado volume de meios que no estrangeiro tem sido operacionalizado” pelo que “o CPP pretende uma maior profissionalização do seu quadro de colaboradores e em presença exclusiva”.
Salientou que “foi um bom sinal a equiparação, pelo governo, dos prémios referentes à conquista de medalhas olímpicas mas que também se terá de investir nas infra-estruturas e equipamentos apropriados para se poder promover muito mais as actividades, começando pela base, na escola”.
“Daí que – referiu José Lourenço – seja necessário implementar, com o lema de elevar, crescer e consolidar, o desenvolvimento da prática desportiva pela juventude, tendo presente que a média de idades no Rio de Janeiro foi de 34 anos, o que é preocupante.”
Elaborar um Manual sobre o Desporto Adaptado é outro dos objectivos do CPP, tendo José Lourenço acrescentado que “para que a realidade futura seja diferente, para melhor, contamos com a empenhada colaboração do Governo, Câmaras Municipais, tecido empresarial e todos os que se revejam na importância social de elevar o desporto adaptado a um patamar mais elevado, colocando Portugal ao nível de muitos outros países”.
Encerrando o acto, Tiago Brandão Rodrigues começou por louvar Humberto Santos, que liderou a criação e implementação do CPP oito anos atrás, “pelo trabalho efectuado e sucessos conseguidos, com a conquista, no Rio de Janeiro, de quatro medalhas e vinte e cinco diplomas.”
Recordou ainda que “em termos de apoio ao CPP o financiamento aumentou 65% em relação a Londres’2004, o que foi um motivo de coesão social”, acrescentando que “há que promover de forma mais efectiva as políticas interministeriais, intervindo junto da população com deficiência, o que e deverá ser encetado logo que possível”.
“Neste campo – frisou – a implementação do Dia Paralímpico na Escola, na órbitra do Desporto Escolar é fundamental para aumentar o número de modalidades e praticantes”, tendo concluído para desejar “toda a força e a melhor das sortes para sermos maiores e melhores do que pensávamos ser”.
Na votação, a lista B, liderou os votos (122) contra 82 da A, não se tendo verificado votos nulos e contra. Igualdade, Inclusão e Excelência Desportiva é o mote principal do CPP.
A Comissão Executiva ficou assim composta:
Presidente – José Manuel Fernandes Lourenço
Vice-presidente – Carlos Manuel Conceição Lopes
Vice-presidente – Leila Susana Noronha Velosa Marques Mota
Vice-presidente – Luis Manuel Martins Figueiredo
Vice-presidente – Sandro Daniel dos Santos Gonçalves de Araújo
Vice-presidente – Filipe Renato da Silva Rebelo
Secretário-geral – José Manuel Costa Oliveira
Tesoureiro – Jorge Manuel Martins Amado Correia
Vogal – Francisco Lourenço Martins Teófilo
Vogal – Tiago Fragoso de Carvalho
No Conselho Fiscal, Mário Teixeira é o presidente, Rui Marta o Secretário e Ricardo Marques o relator.