Segunda-feira 24 de Novembro de 8623

O Papel dos Pais no Desporto

CartasPaisApresenta_newTratados pelo Panathlon Clube de Lisboa

Sob o tema “O papel dos pais no Desporto”, o Panathlon Clube de Lisboa promoveu, este sábado, uma conferência, de âmbito internacional, que teve lugar no Comité Olímpico de Portugal, que encheu por completo para a conferência subordinada ao tema do “papel dos pais no desporto”, promovida pelo Panathlon Clube de Lisboa, no que foi o evento mais marcante, do ponto de vista formativo, na última dezena e meia de anos, face ao impacte que este tema continua a ter na sociedade, sob o ponto de vista da educação, da ética, do fair play e espirito desportivo.

O Comité Olímpico de Portugal, a EDUGEP, empresa formadora e devidamente Certificada para o efeito, bem como o Instituto Português da Juventude e do Desporto, formaram o grupo de parceiros para desenvolverem uma acção de qualidade, o que foi conseguido com o êxito alcançado.

Cerca de uma centena de cidadãos, representando várias modalidades e instituições, tiveram oportunidade de ouvir o que se faz um pouco por todo o mundo, desta vez assente em dois experts provenientes da Bélgica e da Suíça, respectivamente Thierry Zintz e Rose-Marie Repond, a que se juntaram representantes portugueses.

Neste campo, Nuno Ferro (Sociedade Portuguesa de Educação Física), Carlos Neto (Faculdade Motricidade Humana), Rodolfo Begonha (o fundador do Panathlon de Lisboa, em 1980) e Manuel Brito, o actual Presidente, também desenvolveram o tema sob várias vertentes.

Nuno Ferro (SPEF) começou por deixar a interrogação sobre o envolvimento dos pais na prática desportiva dos filhos, questionando se havia responsabilidades definidas, defendendo de seguida que o papel e o envolvimento dos pais é fundamental para a promoção, acompanhamento e desenvolvimento da prática desportivo pelos filhos.

Qualificou depois o tipo de pais, tendo referido que existem – questões sustentadas por análise de várias facetas – pais desinteressados ou mal informados, que se qualificam como “subdesenvolvimento” e pais excitáveis ou fanáticos qualificados como “sobre envolvimento”, estando o envolvimento moderado situado entre as bitolas referidas como extremos, entre outras referências.

CartasPaisApresentaçãoCarlos Neto, por seu lado, apresentou um estudo que está em curso, do qual já se podem extrair outro tipo de comportamentos e posicionamentos dos pais em relação aos filhos na área da formação desportiva e comportamento parental.

Rose-Maria Repond, presidente do Panathlon de Fribourg (Suiça), frisou que a influência dos pais é indispensável nos diferentes da experiência física ou desportiva da criança, com Thierry Zintz a versar a sua apresentação sobre as ligações que o Panathlon Internacional já dispõe no âmbito do Conselho da Europa, do Comité Olímpico Internacional e dos Comité Olímpicos nacionais.

Rodolfo Begonha abordou a temática da importância que o Panathlon Internacional tem conquistado ao longo dos últimos anos assente no facto de que “um organismo que perde a memória das suas raízes é um ser moribundo” (da autoria do italiano Spalino em 1988).

Focou os valores sobre que se regem o Panathlon e, com a evolução havida, referiu que há que “fazer da ética desportiva um novo actor da mudança na sociedade”.

Por fim, Manuel Brito abordou a situação actual do movimento Panathon em Portugal e o respectivo papel da instituição.

A encerrar, Manuel Brito fez a apresentação da Carta dos Deveres dos Pais no Desporto, documento que terá uma importância e impacte que, se bem aproveitado, por ter junto dos pais uma influência forte e impulsionadora de uma melhor sociedade, se os pais cumprirem o seu papel na plenitude e neste campo.

É esse o propósito do Panathlon Clube de Lisboa, que irá, a curto prazo, divulgar esta carta pelo maior número de cidadãos.

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