Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Em tempo de São Silvestre

sao silvestre amadora 2017

DR / S.S. Amadora

Amadora mantém-se como rainha da competitividade

Não sendo a mais antiga corrida de São Silvestre em Portugal – como alguns novos arautos (e outros antigos) querem fazer crer, apenas para se evidenciar e fazendo publicidade enganosa – a que se efectua na Amadora voltou a mostrar que é única no país.

A que se efectua há mais tempo – e fica o esclarecimento – é a que ocorre todos os anos em Ponta Delgada, que cumpriu a 54ª edição no dia 17 de Dezembro passado.

Reúne, todos os anos – apesar da concorrência feroz que lhe é feita de vez em quando – a maior parte dos melhores atletas portugueses na área do meio fundo, competição por onde passaram três dos quatro campeões olímpicos portugueses, o que é uma honra inaudita em provas realizadas neste pequeno torrão plantado à beira mar.

No último dia de 2016, na 42ª edição, a grande novidade até voltou a ser a Senhora Dona Rosa Mota, a nossa primeira campeã olímpica, porquanto se dispôs a voltar a cumprir os 10 km – tal como o tinha feito em 1989, quando venceu a 15ª edição. Desta vez conseguiu, calmamente, cumprir com 42.34.

Que acabou por ser um factor de motivação extra para toda a gente, incluindo os milhares de cidadãos amadorenses que voltaram a emoldurar o percurso, desta vez com o regresso à denominada subida dos Comandos que, por algo íngreme e colocada cerca dos 6 km, serviria como definição dos primeiros classificados.

Sendo a mais competitiva prova de fim-de-ano em Portugal, pelo que foi dito e pela qualidade dos atletas em presença – pese embora não ter havido grandes estrelas presentes – valeu o despique no masculino, onde o benfiquista Rui Pinto foi obrigado a suar bastante para vencer o seu colega de equipa Samuel Barata, separados apenas por três segundos (30.25 contra 30.28), repetindo o triunfo alcançado em 2014, registando-se que estes tempos não entram nos 50 melhores de sempre.

Terceiro lugar para o sportinguista Hugo Correia (30.47), à frente dos benfiquistas André Pereira (30.48) com mais um segundo e Miguel Borges (30.49).

No sector feminino, Catarina Ribeiro (individual) estreou-se a ganhar, com o tempo de 34.25 (também não entra nos 50 melhores de sempre), batendo Salomé Rocha (também individual), com 34.58, que tinha vencido em 2013, ainda que com o tempo de 33.27.

Completou o pódio Cláudia Pereira (GFD), com 35.40, à frente de Marisa Barros (35.50) e Vera Fernandes (AABV) com 37.19.

O número de atletas chegados foi de 1.027, algo longe dos 1.295 conseguidos em 2015.

 

 

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