Uma das maiores – senão a maior – prendas que o Comité Paralímpico de Portugal recebeu no dia em que comemorou o 8º aniversário foi – para além das quatro medalhas de bronze obtidas nos Jogos Rio’2016 e dos 20 Diplomas alcançados – a renovação do protocolo de patrocínio por parte da Santa Casa Misericórdia de Lisboa (Jogos Santa Casa) por mais quatro anos, ficando com uma “almofada” financeira que evitará “dores de cabeça” no caminho para Tóquio’2020.
O que foi salientado por Humberto Santos, presidente do Comité Paralímpico de Portugal, na abertura da cerimónia em que os “Jogos do Rio vão ficar para a história do desporto paralímpico, não só pela conquista das medalhas e dos diplomas, mas pela excelência do trabalho feito por todo o grupo de trabalho”.
Humberto Santos salientou que “o balanço desde os Jogos Surdos Mudos, em 2013, até ao final dos Jogos Rio ‘2016”, sem dúvida positivos, teve ainda uma outra vantagem, vivida em duas dimensões, pela assinatura dos contratos-programa com o governo e pelo facto de o projecto esperanças olímpicas ter avançado profundamente, até porque atletas que só estavam projectados para 2020 estiveram no Rio e com bons resultados”.
Referiu ainda a importância do projecto “Bolsas Jogos Santa Casa” para a formação dos atletas com deficiência, aos vários níveis de ensino, o que “é um apoio com ampla – e agora alargada – visão para os praticantes desportivos que já se encontram no percurso do alto rendimento”.
Passou em revista ainda a realização do I Congresso Internacional que o Comité realizou em Lisboa e a condecoração recebida da Presidência da República, factos “que muito nos honraram”, não deixando de salientar que “os apoios que temos recolhido ainda ficam aquém das necessidades”.
Houve tempo para também agradecer o excelente apoio prestado pela RTP – onde englobou todos os parceiros – ao mesmo tempo que reforçou o pedido de “se poder conseguir um maior espaço para maior divulgação e, também, poder-se preparar desde já as transmissões de 2020”.
Por isso, Humberto Santos teve oportunidade de salientar que “das dez instituições que constituíram o Comité, hoje são trinta e seis entidades diversas que são um suporte de alto nível para que possamos fazer melhor no dia-a-dia”, tendo aproveitado a oportunidade para fazer a entrega do Kit Membro
Pedro Santana Lopes, Provedor da Santa Casa, manifestou o seu contentamento ao dizer que “estamos de porta aberta para analisar todos os projectos que nos sejam colocados, no seguimento dos protocolos que estão em movimento, que desejamos implementar de uma forma expediente e célere, porquanto estamos perante prestar um serviço a uma causa nobre, como é a do desporto para cidadãos com deficiência.”
Promovendo ambas as instituições o desporto enquanto vector fundamental na formação de identidades e na promoção de valores sociais como a coesão e a inclusão, o Provedor da SCML reforçou que “o balanço desta colaboração é amplamente positivo, pois conseguimos apoiar os atletas na continuação dos seus estudos e ainda assim potenciar a sua participação nos Jogos”. Recorde-se que o projecto de cooperação entre os JSC e o CPP assenta num Programa de Responsabilidade Social focado na área da Educação, que prevê a atribuição de bolsas de estudo a atletas integrados nos Programas de Preparação Surdolímpica-Ancara 2017 e de Preparação Paralímpica Tóquio 2020, para apoio à sua formação académica em conciliação com a prática desportiva. Antecipando já as grandes provas internacionais agendadas para 2017 e 2020, os Jogos Santa Casa pretendem garantir atempadamente a preparação dos atletas paralímpicos nacionais, assegurando, assim, a disponibilização de melhores condições para a prática das respectivas modalidades e possibilitando o alcance de ainda melhores resultados a nível mundial.Humberto Santos terminou a sessão com a assinatura de contratos de parceria com doze instituições, que se repetem do ciclo anterior, como são os casos dos Jogos Santa Casa (em várias vertentes), como se referiu, a JOMA, a Vitalis, a Choice, a FCBLisboa (que desenvolveu a bem concebida campanha (#Sempena”), a Initiative, a Llorente & Cuenca, a VILT, a Angellini, o Hotel D. Pedro (Amoreiras), a RTP e a SportTv.
Via aberta para mais um ciclo olímpico a caminho de Tóquio’2020.