Cerca de 6.000 atletas são estimados para a quarta edição da EDP Maratona de Lisboa, que este ano terá lugar no dia 2 de Outubro e, desta vez, com partida no Hipódromo de Cascais.
Esta terça-feira, em que a priva foi apresentada publicamente, estão confirmados
5.500 inscritos, dos quais cerca de 4.000 estrangeiros, o que equivale a um acréscimo de 1000 atletas estrangeiros, o que deixa a organização muito satisfeita.
Este ano estarão representados 69 países, na que é uma das maratonas mais belas do mundo, devido ao seu deslumbrante percurso.
O sucesso passa, assim, muito pelo facto da Maratona de Lisboa ter um percurso que se faz numa das mais bonitas marginais do mundo, com um percurso que serpenteia mar e rio, numa paisagem única temperada com história e a habitual hospitalidade portuguesa.
Os participantes terão mais uma vez oportunidade de correr num percurso absolutamente fantástico, que se inicia em Cascais, passando em Oeiras, seguindo até Lisboa, pela Marginal, sempre junto ao rio Tejo e terminando no Parque das Nações.
Os últimos 8 km’s da prova serão, tal como nas edições anteriores, comuns aos participantes na Meia Maratona, que partirão da Ponte Vasco da Gama.
O tempo limite para a maratona é de 6 horas, sendo os atletas obrigados a abandonar as vias rodoviárias e dirigirem-se para os passeios depois deste tempo limite. Esta é uma decisão oficial, de acordo com as indicações das forças policiais, responsáveis pelo tráfego na grande Lisboa.
Atletas e público em geral poderão ouvir bandas de música, em vários locais do percurso, sendo que serão 21 as bandas responsáveis pela animação do percurso.
Este ano, e na primeira linha, destaque para o queniano Samual Kiplimo Kosgei, ex-recordista mundial dos 25 km, que estabeleceu o seu recorde pessoal (2.06.56) este ano na Maratona do Dubai. O atleta, que em 2010 correu a Meia Maratona de Lisboa, terá como fortes opositores o seu compatriota Alfred Kering (2.07.11), que este ano foi segundo classificado na difícil maratona de Rabat (2.10.30); o etíope Yacob Jarso, que obteve o seu recorde pessoal (2.06.17) com o triunfo na Maratona de Seoul Don-A, em 2014, isto depois de ter sido quarto classificado nos 3000 m obstáculos dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008; e o eritreu Yared Asmeron, quarto classificado na maratona dos Mundiais de 2007 (e oitavo na maratona olímpica de Pequim’2008), que tem como recorde pessoal 2.07.27.
Para poder ajudar os atletas na busca dos seus objectivos, a organização terá uma “lebre”, Daniel Gatheru, que veremos na frente da corrida durante alguns quilómetros.
No entanto, existem outros atletas com os quais será possível contar, como os etíopes Abebe Degefa (2.08.46), vencedor da maratona de Roma em 2015, e Tujuba Megersa (2.09.28), vencedor da Firenze Marathon o ano passado; os quenianos Reuben Kerio (2.09.05), vencedor em Brescia, este ano, e Patrick Cheruiyot (2.09.48), segundo em Madrid este ano; e ainda Cuthbert Nyasango, do Zimbabué (2.09.52), sétimo na maratona dos Jogos Olímpicos de Londres’2012.
Não menos brilhante é o conjunto das atletas da elite feminina desta competição, com a etíope Gutemi Shone a deter o melhor recorde pessoal (2.23.32), graças ao triunfo na maratona de Seoul Dong-A, em 2015. Shone terá de contar com a forte oposição da sua compatriota Shanko Genemo (2.24.31), vencedora das maratonas de Munbai e Vienna, já este ano; e o contingente queniano composto por Brigid Kosgei (2.27.45), vencedora da maratona de Milão já este ano, Esther Ndiema (2.28.37), vencedora em Turim, em 2014, segunda em Rabat, este ano, Rose Chepchumba (2.29.09), vencedora da maratona de Cannes em 2015 (9ª no mundial de corta-mato de 2005), e Sarah Chepchirchir (2.30.08), 11ª no Mundial de Meia Maratona em 2010, 7ª na maratona de Hamburgo, já este ano.
Um lote poderosíssimo de atletas que promete atacar os recordes do percurso – e melhores marcas jamais efectuadas em Portugal e que pertencem aos quenianos Samuel Ndungu (2.08.21), desde 2014, e Purity Rionoripo (2.25.09), desde o ano passado.
Em termos de presenças de atletas de elite, o ano de 2016 marcará também a consolidação do projecto da “Rock’n’Roll Maratona de Lisboa EDP” como um dos pilares da corrida em Portugal.
De facto, a quarta edição deste projecto, que volta a unir os concelhos de Cascais, Oeiras e Lisboa, tem razões suficientes para se orgulhar das presenças de elite que tem conseguido reunir.
A edição deste ano será, mais uma vez, transmitida pela RTP, pela RTP Internacional (para milhões de pessoas em todo o mundo) e pela RTP África para Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e St. Tomé e Príncipe, comunidade com mais de 200 milhões de pessoas.
A cobertura deste evento também permite a utilização de imagens para produção de peças jornalísticas, para Rádios e Televisões de toda a Europa, através da EBU (European Broadcasting Union), organização cujos membros são a maioria das estações da Europa.
As imagens fantásticas chegarão assim mais uma vez a milhões de telespectadores em todo o mundo.
E fica ainda a pergunta: manter-se-á a tendência de triunfos quenianos, como aconteceu nos dois géneros (feminino e masculino), nas três edições anteriores?
É o que ficará decidido no final da manhã do dia 2 de Outubro próximo.