Patrícia Mamona bem se pode considerar uma super heroína por voltar a bater o recorde de Portugal do salto em comprimento, ao saltar 14,65 e obter o sexto lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, na prova terminada pelas duas horas da madrugada desta segunda-feira.
No decorrer dos seis saltos feitos, Patrícia ainda conseguiu mais um ensaio (o último) a 14,59 – que também batia os 14,58 que tinha como recorde quando se sagrou campeã europeia.
Outros dados a reter foi a progressiva melhoria na chamada, que começou a ser feita a 16 cm da linha limite e acabou a um centímetro – mais que perfeito – quando melhorou o recorde para 14,65.
Susana Costa não “atinou” com a chamada e fez os dois primeiros ensaios nulos, ficando sem “feeling” para a terceira e última tentativa, quando saltou 14,12, que não chegou para a segunda parte da final, marca que também tinha feito na qualificação.
Ainda assim, uma excelente exibição que, aliás, a levou à final olímpica, o que se verificou pela primeira vez para o atletismo feminino português.
Resta acrescentar que Patrícia ficou apenas a nove centímetros do pódio.
A colombiana Caterine Ibarguen confirmou-se como campeã olímpica (é a melhor do planeta neste momento) com um salto a 15,17, enquanto a prata foi conquistada pela pouco conhecida Yulimar Rojas (Venezuela) com 14,98 e o bronze foi para a cazaque Olga Rypakova, com 14,74.
Luciana Diniz passou à segunda fase no Hipismo
Ao completar a primeira ronda na 54ª posição do concurso de Salto de Obstáculos (individual), a cavaleira portuguesa Luciana Diniz ficou apurada para a segunda ronda da competição com apenas oito pontos de penalização (derrube de dois obstáculos), proza que foi cometida apenas pelos 60 cavaleiros que seguem para a fase seguinte.
A próxima prova terá lugar na terça-feira.
Apenas se salvou Dulce Félix na Maratona
Ana Dulce Félix foi a melhor (única portuguesa a chegar ao fim) representante de Portugal na maratona, prova onde havia grandes esperanças para bons lugares, o que não se verificou, com relevo para as desistências de Jéssica Augusto (7º quilómetro, por dor que já vinha de trás) e Sara Moreira (pelo mesmo motivo, mas desde Portugal).
Sara ficou praticamente fora da corrida poucos quilómetros após a partida (quando da primeira dor) parando perto dos 7, enquanto Jéssica começou no grupo principal, desceu para um segundo grupo mas com vista para o primeiro, mas aos 16 km saíu da prova.
Dulce, que esteve por perto de Jéssica, manteve uma passada mais cautelosa e terminou na 16ª posição (lugar de meio finalista em termos de bolsa financeira do Estado) com o tempo de 2.30.39.
O título foi conquistado, pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, por uma atleta do Quénia, para o caso Jemina Jelagat Jumgong (2.24.04), terminando um longo reinado da Etiópia nesta disciplina.
Prata para a atleta do Bahrein Eunice Jepkirui Kirwa (ex-queniana), com 2.24.13 e Bronze para a etíope Mari Dibaba, com 2.24.30.
De salientar ainda a presença de três atletas norte-americanas entre os nove primeiros lugares, o que pode ser um novo rumo para a competição.
Completaram a prova 133 atletas.
Pedro Martins e Telma Santos pelo caminho no Badminton
No adeus aos Jogos Olímpicos, Pedro Martins, o nosso representante na competição, ainda tentou reverter, por várias vezes, o resultado ao longo deste domingo este domingo concluído, mas não teve a astúcia necessária para derrotar o 13º do ranking mundial.
Superior em quase todos os aspectos, Angus Ng Ka Long, de Hong Kong, derrotou o lusitano por 2-0 (21-17 e 21-18) e entrou na fase dos apuramentos directos, com Pedro Martins a dar boa luta, mas a ficar pelo caminho.
Por seu lado, Telma Santos também terminou o grupo onde esteve integrada na última posição, depois de ter perdido os três jogos regulamentares, o último dos quais este domingo frente à norte-americana Iris Wang por 2-1.
José Filipe Lima o melhor no Golfe
José Filipe Lima concluiu a 3ª e última ronda, este domingo, no grupo dos 56ºs classificados, com 77 pancadas, o que o levou a classificar-se na 48ª posição.
Ricardo Melo Gouveia, esteve menos bem e classificou-se, nesta ronda três, no 53º lugar, com 76 pancadas, sendo relegado para o 59º lugar.
O novo campeão olímpico foi o britânico Justin Rose.
Destaque para este domingo
Nélson Évora na qualificação do triplo-salto e Fernando Pimenta, também na qualificação mas na canoagem (K1 1000 metros), são as duas principais figuras da equipa portuguesa que este domingo vão estar em exibição ao vivo.
De relevo também a estreia de Vânia Neves na natação em águas abertas, de acordo com o programa que se apresenta.
Programa português neste domingo (dia 14)
Natação
- Águas Abertas (Final), Vânia Neves, 13h00
Atletismo
- Triplo Salto (M), Qualificação, Nelson Évora, 13h30
- 200m (F), Eliminatórias, Lorene Bazolo, 13h35
- 400m Bar. (F), Eliminatória, Vera Barbosa, 01h30
Canoagem
- K1 200m (F), Eliminatórias, Francisca Laia, 13h38; Meias-finais, 15h00
- K1 1000m (M), Eliminatórias, Fernando Pimenta, 14h06; Meias-finais, 15h14
Vela
- Laser Medal Race, Gustavo Lima, 17h00
- 49er (Dia 3), Jorge Lima e José Costa, 17h00
Medalheiro
Após as finais das provas relativas a este domingo, regista-se a subida da Rússia ao quarto lugar, descendo a Alemanha para quinto, enquanto a Grã-Bretanha passou ao segundo lugar por troca com a China, se bem que os chineses tenham mais medalhas, se bem que os Estados Unidos sejam os donos e senhores dos metais do pódio, como segue:
1.Estados Unidos, 69 medalhas, sendo 26 de ouro, 21 de prata e 22 de bronze; 2. Grã-Bretanha, 38 (15-16-7); 3. China, 45 (15-13-17); Rússia, 30 (9-11-10) e Alemanha, 17 (8-5-4).
Portugal está agora no último grupo de cinco países (64ª posição) – dos 68 que conquistaram medalhas até agora – com uma de bronze.
Outras notícias
A jornada deste domingo ficou assinalada ainda pela fenomenal queda do recorde mundial dos 400 metros, alcançado pelo sul-africano Wayde van Niekerk, com 43,03, à frente de Kirani James (Granada), com 43,76 e do norte-americano LaShaw Merritt, com 43,85.
Registo ainda para o terceiro título olímpico consecutivo para o jamaicano Usain Bolt, que venceu os 100 metros com 9,81, à frente do norte-americano Juystin Gatlin (9,89) e do canadiano Andre De Grasse (9,91), preparando-se agora para os 200 e a estafeta de 4×100 metros, para igual o feito nas duas últimas olimpíadas.
O nadador norte-americano Michael Phelps – no adeus definitivo aos Jogos Olímpicos segundo se crê – voltou a impressionar tudo e todos e conquistou a 23ª medalha de ouro da longa carreira que já leva, ao ajudar a equipa de 4×100 metros livres a vencer. Nos Jogos Olímpicos, Phelps ganhou ainda mais cinco medalhas (3 de prata e duas de bronze), somando 28. É obra única na história dos jogos da Era Moderna.
A norte-americana Simone Biles conquistou, este domingo, a terceira medalha de ouro ao vencer a prova de Salto, na ginástica artística, prosseguindo ainda o objectivo de alcançar mais duas “prendas” douradas para chegar aos cinco títulos de campeã olímpica, o que seria inédito nesta disciplina.
Simone, com apenas 19 anos e negra, venceu o “all around” individual e por equipas, tendo ainda para fazer as finais de solo e cavalo.
O britânico Andy Murray sagrou-se campeão olímpico, em Ténis, ao derrotar o campeão em Londres’2012, o argentino Juan Manuel Del Potro, por 3-1.
O japonês Kei Nishikori, por seu lado, conquistou a medalha de bronze ao derrotar o espanhol Rafael Nadal por 2-1.
Foram detectados mais casos positivos para dopagem, um pelo lutador polaco Tomasz Zielinski, a quem foi detectada a substância 19-Norandrosterone, tendo sido declarado inelegível para competir e excluído dos Jogos Olímpicos, por decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (sector em serviço específico no Rio de Janeiro), cabendo à respectiva Federação Internacional aplicar a sanção disciplinar em conformidade. Outro atleta desclassificado foi o nadador (100 metros mariposa e 50 metros livres) Zinyi Chen, e que foi sancionado com as mesmas penas para a substância específica hidroclorotiazida, caso que será concluído até final dos Jogos