Em paralelo com o europeu, a Associação Europeia de Atletismo (AEA) promoveu um fórum (em quinta edição) destinado a jovens futuros líderes europeus no atletismo, o que é agradável saber, já que por Portugal pouco (ou nada) se sabe e se ouviu a este respeito.
A iniciativa decorreu em simultâneo com a realização do Campeonato da Europa da modalidade, em Amesterdão, de grande significado para Portugal, porque aí voltou a conquistar seis medalhas (3 de ouro, uma de prata e duas de bronze), número só alcançado em 1998 (2 de ouro, 3 de prata e uma de bronze).
Svein-Arne Hansen, presidente da AEA, abriu o fórum, que decorreu na universidade de Vrije, teve a presença de 68 jovens líderes de vários países e também do presidente da IAAF, Sebastian Coe.
Este encontro de cinco dias – anteriormente realizado em Gotemburgo (2006), Barcelona (2010), Helsínquia (2012) e Zurique (2014) – teve como objectivo dotar os jovens para apresentar e entregar projectos que beneficiam as bases do atletismo e as comunidades locais.
As áreas em discussão tiveram a ver com questões de liderança, gestão de projectos, sustentabilidade, inclusão social, anti-doping, uso de meios de comunicação social e para a promoção e marketing do atletismo.
Cada Federação Membro da AEA foi convidado a enviar um representante jovem com idade entre 18 e 28 anos e que esteja envolvido com o desenvolvimento do atletismo, de alguma forma, mesmo que seja como voluntário, treinador, funcionário ou administrador, não tendo a Federação Portuguesa de Atletismo divulgado fosse o que fosse sobre o assunto.
Hansen descreveu o Fórum como “extremamente importante para o desenvolvimento do atletismo”, enquanto Christian Milz “acredita que o Fórum é uma actividade fundamental para o desenvolvimento do atletismo junto dos Jovens Líderes naComunidade Europeia”, tendo como “objectivo fornecer competências para os participantes e para motivá-los e fortalecer suas redes”.
Milz salientou ainda que “os jovens têm que fazer a apresentação do projecto que vai mostrar algo em que tenham estado directamente envolvidos e, durante o Fórum, vão aprender sobre financiamento e comercialização e a nossa expectativa é de que os seus projectos serão muito mais fortes, no regresso casa.”
Depois de ser entrevistado por dois membros do Fórum de Jovens Líderes, Sebastian Coe, presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) comentou: “São um grupo realmente impressionante de jovens – que é surpreendente; porque a nossa modalidade cria jovens com inteligência e brilhantes”, acrescentando que “têm algumas ideias positivas e muito inteligentes sobre para onde deve seguir o atletismo e como nos relacionamos com as pessoas mais jovens.”
Referiu ainda Coe, que “este grupo de pessoas, provavelmente, vai ser tão perspicaz para nos ajudar nesta jornada como qualquer outro grupo seja onde for”, porquanto “quando falamos de inspirar os jovens a fazer parte do nosso modalidade, não é simplesmente sobre a competição” frisando que “nós queremos que eles se tornem treinadores, educadores, professores”.
Mas Coe foi mais adiante e preciso quando referiu que “quero que eles, para entender o lado comercial do nosso desporto, se eles tem capacidade e disponibilidade para serem apenas voluntários ou em uma profissionais, para sentir que nosso o atletismo é algo a que eles se querem dedicar numa grande parte das suas vidas também. E isso realmente é vital para sabermos se estamos a crescer o atletismo em todo o mundo e usar melhor a experiência entre os jovens para nos ajudar a moldar o futuro”.
Face ao exemplo dado quer pela Associação Europeia, quer em ou com parceria da Federação Internacional, aguarda-se que as associações filiadas comecem a desenvolver acções deste tipo nos respectivos países.