Sexta-feira 26 de Novembro de 5728

Dulce Félix com prata e superação pessoal

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DR _FPA

Superação – que deve ser a tónica única que se pretende para este tipo de competições em relação a qualquer um dos participantes – foi o que Dulce Félix fez para chegar à medalha de prata neste europeu de Amesterdão’2016.

Dulce soube fazer a “leitura” da corrida de princípio a fim, controlando o que devia controlar e rolando como devia ser para, também, melhorar o seu recorde pessoal por mais de 14 segundos, o que é extraordinário.

Dulce completou os 10.000 metros em 31.19,03 contra os 31.33,42 que detinha desde 2 de Abril de 2011, o que comprova o actual estado físico-anímico da atleta nortenha que, recorde-se, foi campeã europeia, também nos 10.000 metros, em 2012, em Helsínquia. Brilhante actuação da atleta do Benfica.

A medalha de ouro foi alcançada pela jovem turca Yasemin Can, com o tempo de 31.12,86, o que é recorde europeu de sub-23, enquanto o bronze foi conseguido pela norueguesa Karoline Grovdal, com 31.23,45, também recorde pessoal, com base na superação e transcendência pessoal.

Sara Moreira não conseguiu terminar a prova, esperando-se que recupere para a Taça da Europa da Meia-Maratona, no domingo.

Irina Rodrigues foi a primeira atleta portuguesa a entrar em competição. Talvez por isso, por falta de carinho e força anímica, com um astral muito baixo (ou por lançar fora do estádio, num jardim) voltou a não acertar no lançamento do disco, tendo feito uma das piores provas a este nível.

Começou com um nulo, melhorou para 44,60 e terminou com uns mais que modestos 50,40 (última entre as 26 participantes classificadas). Para quem chegou a Amesterdão com 63,96 (alcançados em Março (?) deste ano, fazendo ainda 61,73 em 21 de Maio e 59,81 em 28 de Maio) não se percebe o que aconteceu ou algo de muito anormal se terá passado.

Nas eliminatórias dos 100 metros, quer Diogo Antunes (10,29 como visto) e Carlos Nascimento (10,33), não foram muito longe e o primeiro acabou no 19º lugar entre os 32 inscritos, com 10,51 (+1,9) e o segundo em 21º, com 10,54 (+0,5).

Antunes ainda partiu bem, deu luta até meio da prova mas depois sucumbiu, enquanto Nascimento partiu muito contraído (encolhido) e ficou para último até aos 40 metros.

Diogo Ferreira, na qualificação no salto com vara, não foi apurado para a final por uma questão de maior número de saltos nulos, ficando no 19º lugar entre os 27 participantes, com 5,35, um registo também longe dos 5,55 que já tinha feito este ano. De registar que a final será realizada com 16 atletas, dado que para o 12º lugar se classificaram, ex-áqueo, 5 atletas, dizendo as regras que, quando assim é, vão todos à final.

Mais uma desilusão.

Mas fica a alegria de Portugal já estar na lista das medalhas – na única final esta quarta-feira realizada – com a prata conquistada por Dulce Félix.

 

Quinta-feira – dia 2

 

A jornada desta quinta-feira abre (8h35 em Portugal) com Marta Onofre na qualificação no salto com vara, para onde parte com 4,38, uma das marcas mais fracas das 26 inscritas. Fica a esperança de se qualificar para a final, mas o mínimo para lá chegar é de 4,55.

Segue-se (9h40), Nélson Évora – outra grande esperança para a medalha – no triplo salto, onde chega com 16,72, sendo o mínimo do apuramento para a final de 16,65.

É o 10º entre os 27 participantes. A esperança de que o “grito do Ipiranga” saia neste europeu.

Dez minutos depois (9h50), será a vez de David Lima tomar parte na qualificação nos 200 metros, onde se apresenta com 20,62 deste ano, está sensivelmente no meio dos 24 que disputam esta primeira fase (os melhores do ranking já estão qualificados para as meias-finais). Correrá na terceira eliminatória, apurando-se os três primeiros de cada uma das três eliminatórias e os cinco mais rápidos.

Lorene Bazolo estará (11H15) nas eliminatórias dos 100 metros, onde surge com a segunda melhor marca (11,21) entre as 23 inscritas (será bom?), sendo apuradas para as meias-finais as quatro primeiras de cada uma das três séries e as três mais rápidas de todas as restantes.

De tarde (16H35), Cátia Azevedo vai estar nas meias-finais dos 400 metros, onde se apresenta com o recorde nacional de 51,63 (este ano), corre na terceira série e apuram-se para a final apenas as duas primeiras de cada uma das três eliminatórias mais os dois restantes melhores tempos. Cátia tem o 6º melhor tempo entre as inscritas.

Por último, Hélio Gomes (17h20), irá estar nas eliminatórias (3ª) dos 1.500 metros, prova para a qual se inscreveram 37 atletas e onde Hélio chegou com 3.37,74, o sexto melhor tempo apenas dos que estarão na mesma eliminatória. Apuram-se para a final os três primeiros de cada uma das eliminatórias e mais os três melhores tempos logo a seguir.

A partir das 16 horas e até ao final da jornada, realizar-se-á uma sequência de finais (peso-feminino; altura-feminino; comprimento-masculino; dardo-masculino; 200 metros-feminino; 100 metros barreiras-feminino e 100 metros-masculinos).

Tudo para ver, em directo, na RTP2.

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