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O Cais da Gare Marítima de Alcântara foi o local escolhido pelo Comité Olímpico de Portugal para apresentar os parceiros que elaboraram os trajes e os equipamentos para a selecção olímpica lusa que irá estar na Olimpíada do Rio’2016, numa cidade e num país cada vez em maior dificuldade para cumprir esta espinhosa missiva.
Uma escolha que terá sido intencional, porquanto foi dali perto (Terreiro do Paço) que, no século XV, partiram as naus comandadas por grandes nomes da história de Portugal na conquista de novos mundos para o mundo.
Acto a que também se associou o Navio Escola Sagres que, pela primeira vez, vai ser a Casa de Portugal em Jogos Olímpicos, numa parceria que se saúda entre o Comité Olímpico e o Estado-maior da Marinha, tornando mais nobre e atraente a imagem do país em terras de Vera Cruz, precisamente descobertas pelo brilhante navegador português Pedro Álvares Cabral.
Os protagonistas foram alguns dos atletas que fazem parte da Equipa Olímpica Rio’2016, que assumiram o papel de modelos e desfilaram na passerelle montada junto ao Navio-Escola Sagres. Inês Henriques, Jéssica Augusto, Miguel Carvalho, Nélson Évora, Patrícia Mamona e Susana Costa (Atletismo), Pedro Martins (Badminton), Francisca Laia (Canoagem), Luciana Diniz (Equestre), Nuno Saraiva e Sergiu Oleinic (Judo), Victoria Kaminskaya (Natação), Rui Bragança (Taekwondo), João Pereira e Miguel Arraiolos (Triatlo) e Sara Carmo (Vela) foram os 16 atletas que revelaram os equipamentos oficiais da Equipa Olímpica.
A Salsa e a Joma foram as empresas responsáveis pelo design e produção das duas linhas de vestuário que a Equipa Olímpica irá vestir no Rio de Janeiro. A Salsa, empresa de Denim, é responsável pelo traje oficial que a Missão irá usar no desfile da Cerimónia de Abertura, marcada para dia 5 de agosto, no mítico Estádio do Maracanã.
As peças, exclusivamente criadas pelo departamento de estilismo da marca portuguesa, têm uma linha mais formal e outra mais informal, ambas com look Denim, inspirada na tendência Patch, incorporando os emblemas oficiais e decorativos, tais como o coração de viana em filigrana, a bandeira de Portugal, excertos do hino português, e a cruz da ordem de cristo, conferindo um look mais actual e jovem.
A tradição de Portugal, as conquistas, o azul do mar e a sua energia, foram o ponto de partida para criar algo diferente e intimamente ligado ao ADN da Salsa, rompendo com os fardamentos clássicos usados habitualmente.
A Salsa criou ainda uma colecção limitada, composta por Polo e T-Shirt para homem e por Top e Polo para senhora que estará à venda a partir de 17 de Julho até final dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Já a JOMA, empresa 100% espanhola dedicada à fabricação e comercialização de material desportivo, é a empresa que desenhou e produziu toda a linha desportiva de equipamentos da Equipa Olímpica de Portugal aos Jogos Rio 2016.
A colecção é constituída por um conjunto de peças, entre elas o traje das cerimónias de pódio que, obviamente, todos esperam possam ser usados algumas vezes no Rio de Janeiro.
Os padrões destes equipamentos são distintos para homem e mulher e foram desenvolvidos em exclusivo pela JOMA, através de mais de 20 profissionais da empresa que compõe a área criativa da marca, na sede central situada em Portillo de Toledo, perto de Madrid. Uma equipa composta por desportistas, alguns dos quais olímpicos!
O design reconhece a marca Portugal para que a roupa engrandeça o sentimento e o orgulho de cada atleta por pertencer à Equipa Olímpica lusa. Outra das preocupações da JOMA no desenvolvimento destes equipamentos foi estar adaptada ao clima do Rio de Janeiro.
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Gil é a mascote de Portugal nos Jogos Olímpicos
A conhecida mascote Gil, criada em 1998 por ocasião da Expo 98 que teve lugar em Lisboa, foi readoptada pelo Comité Olímpico de Portugal, em parceria com a Fundação Gil, e irá figurar em vários eventos da Equipa Olímpica até à partida para o Rio de Janeiro.
Concebida pelo pintor António Modesto e pelo escultor Artur Moreira, foi seleccionada de entre 309 projectos. O seu nome evoca um grande navegador português (Gil Eanes que dobrou o cabo Bojador em 1434). De entre 765 propostas, o nome que acabaria por ser escolhido veio da Escola do Ensino Básico de Barrancos, pela mão do aluno José Luís Coelho.
Nascido das profundezas do oceano, o Gil é uma gota de água alegre e divertida. Um conceito que vem ao encontro da Equipa Olímpica de Portugal que terá também que atravessar todo um oceano para chegar ao Rio. Após a Expo 98, o Gil esteve na origem da criação da Fundação Gil em 1999, pois foi adoptado como mascote desta instituição de responsabilidade social, à qual empresta o seu nome, e que tem como missão a promoção do bem-estar clínico, social e emocional das crianças e jovens doentes, através da criação de estruturas de apoio que lhes permitam melhorar a sua qualidade de vida, acelerar, em alguns casos, o regresso à família, e sonhar com a possibilidade de recuperar em pleno os seus projectos de vida.
Também o Gil desfilou com uma linha de roupa idêntica à dos atletas, que irá vestir em todos os eventos em que marcar presença até agosto.
