O Comité Olímpico de Portugal promoveu o segundo Workshop intermédio do projecto “Apoio à Implementação da Boa Governação no Desporto” (SIGGS), que contou com 30 participantes, 22 de Federações Nacionais, para além da Academia Olímpica de Portugal e o próprio COP.
Segundo a nota divulgada pelo Comité Olímpico de Portugal, João Paulo Almeida, director geral do COP, congratulou-se pelo elevado número de federações nacionais que participaram na primeira fase de avaliação e se registaram para este workshop, destacando ainda a importância da implementação de princípios de boa governação utilizando as palavras do Presidente do COI, “mudar ou ser mudado”, como exemplo.
Matthias Van Baelen, dos Comités Olímpicos Europeus, fez a introdução ao tema da Boa Governação, focando-se na sua relevância para as federações desportivas nacionais, que foi seguida de uma explicação de objectivos, metodologia e actividades do projecto SIGGS.
Aurélien Favre, do Observatório Europeu de Desporto e Emprego, apresentou os resultados da primeira avaliação que teve lugar em Outubro e Novembro de 2015, num workshop organizado pelo COP, cujos resultados ontem apresentados foram o pontapé de saída para um interessante debate sobre os benefícios da implementação da Boa Governação no desporto nacional, como a gestão de risco e a relação com os atletas.
A nota em apreço refere quinda que Joana Gonçalves, Presidente da Federação Portuguesa de Hóquei desde 2012, deu a conhecer algumas alterações recentes que introduziu para melhorar a gestão da sua federação e que teve um forte impacto positivo nos seus membros e competições que organiza, apesar do decréscimo do financiamento público e orçamento geral, frisando que ajudaram a federação a identificar as suas fraquezas, o que levou à implementação de novas práticas na área da comunicação, marketing e reorganização interna, o que gerou excelentes resultados especialmente no desporto paralímpico e desenvolvimento da prática feminina da modalidade.
Também Marcos Oliveira, Secretário-Geral da Federação Portuguesa de Canoagem, apresentou um processo similar, tendo explicado como a federação usou a avaliação do SIGGS enquanto oportunidade para uma avaliação interna e verificarem aspectos para os quais nunca tinham dado especial atenção. Tal facto resultou em acções directas como a redefinição dos objectivos de meio do mandato, investimento na integridade, uso de tecnologia e reestruturação da Federação, especialmente na área de comunicação interna e externa, onde foi conseguido um amplo progresso em termos de transparência e interacção com membros e outros grupos de interesse.
Tendo presente a referida nota de comunicação, no debate realizado sobre as dificuldades que o desporto nacional atravessa, e todos os seus actores, especialmente na implementação da Boa Governação, Director Geral do COP apresentou o plano de acção sobre os resultados desportivos combinados e convidou as federações a unir esforços neste plano, que é baseado no código de conduta do COI no que respeita à Manipulação de Resultados, e também na Convenção do Conselho da Europa.
Antes do final, Matthias Van Baelen apresentou a segunda versão da ferramenta online do SIGGS e lançou a segunda fase de consulta, concluindo a acção com sucesso deste projecto que tem por objectivo dotar os Comités Olímpicos Nacionais e Federações Desportivas Nacionais de ferramentas robustas e eficazes para enfrentar os desafios emergentes na governação das organizações desportivas, colocados como prioridade do Movimento Olímpico no âmbito da Agenda Olímpica 2020.
O projecto tem o apoio do Comité Olímpico Internacional (COI) através da sua Comissão de Ética, e tem como documentos de referência os princípios básicos universais de boa governação do Comité Olímpico Internacional (COI) e os princípios da UE em matéria de boa governação no desporto, conclui a nota citada.