Aproveitando uma lacuna no regulamento da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) – omisso nestas situações – dois atletas portugueses bateram os recordes nacionais, em pista coberta, da categoria de juvenis.
Na nave do Estádio Nacional, Ruben Miranda passou 4,66 no salto com vara (mais 11 centímetros em relação à anterior marca) e, em Braga, Emanuel Rolim correu os 3.000 metros em 8.18,23 (menos quase 12 segundos do que o recorde então em vigor). Os dois atletas representam o Benfica.
Por norma, os recordes são alcançados no decorrer normal da época de pista coberta (entre Janeiro e Março), se bem que, em termos de idade, a época é contada de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro, o que permite esta situação, com a qual não se concorda porquanto “fora da época normal”, levando estes atletas a terem entre 8 a 9 meses de idade a mais do que em relação à referida “época normal”.
Ao contrário, a Federação Portuguesa de Atletismo proíbe os atletas com idade de júnior de participar nas meias-maratonas, quando até a própria Federação Internacional realiza um campeonato do mundo onde a prova mais longa é, precisamente, a meia-maratona.
Uma dualidade de critérios que não se entende.
