Num total de sete medalhas em três provas – E o final do 17º campeonato europeu de crosse chegou da melhor forma para Portugal, ao conquistar mais duas medalhas: de bronze, por Ioussef el Kalai, e para para a equipa.
Desde o início, a formação lusa definiu a táctica (do quadrado) para tentar chegar ao pódio. Dizemos táctica do quadrado porque são precisos quatro atletas para pontuar a equipa. E assim foi. Com quatro homens mais ou menos juntos ao longo de toda a prova, o compromisso foi cumprido e a prata (que até podia de ser de ouro se, por exemplo, Rui Silva não se tivesse atrasado tanto em relação ao grupo da frente, o que o fez perder dois lugares, a tal diferença que se verificou no final para a vantagem dos franceses).
Com a táctica bem dominada, foi como que deixar andar a corrida, uma vez que o trio Kalai (3º, 19.49), Rui Pedro Silva (6º, 19.50) e Mbengani (7º, 19.50) souberam controlar as ansiedades na frente da corrida, homens que estiveram muito bem.
Uma excelente prova de Kalai, naturalizado português este ano, país que o acolheu desde que, há muitos anos, deixou Marrocos.
Rui Silva (25º, 20.02) podia ter arriscado mais um pouco (se é que podia), Licínio Pimentel (30º, 20.06) e José Rocha (38º, 20.14) completaram a formação portuguesa, que conquistou a medalha de prata, bem merecida.
Pela nona vez, o ucraniano Sergey Lebid (1º, 19.49) conquistou o título de campeão europeu sem deixar margem para dúvidas o que quer dizer, também, que não ninguém com categoria para o destronar. Até quando?
Em relação aos espanhóis, o melhor foi o também originário marroquino Ayad Lamdassem (4º, 19.49), tendo a equipa subido ao pódio na terceira posição. Por curiosidade, a França, campeã europeia colectiva, foi formada também por seis atletas nascidos em Marrocos.
Fechado o pano final deste europeu, de certo que Portugal fechou com chave de ouro, prata e bronze (num total de seis medalhas) este Natal e fim de ano de 2010, só havendo novas hipóteses de medalhas para Fevereiro e Março (pista coberta e mundial de crosse)