Volta ao Algarve
Com a presença de várias estrelas do ciclismo mundial e com a estreia das formações do Porto e do Sporting, estão reunidas as condições para que Volta ao Algarve, que se inicia na quarta-feira, continua a afirmar-se como corrida de referência internacional.
Registando 192 inscritos, em representação de 24 equipas em representação de 30 países (Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Cazaquistão, Colômbia, Croácia, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Noruega, Polónia, Portugal, República Checa, Rússia, Suíça, Ucrânia e Uruguai), não há dúvida que esta clássica é de elite mundial.
O que se justifica porque metade das 24 equipas participantes é de primeira divisão internacional, ou seja, um crescimento de 50 por cento face à edição anterior da prova, o que antecipa uma prova de alto gabarito e recheada de estrelas de primeira linha, como são os casos de Joaquim Rodríguez (Katusha), segundo da lista mundial, Fabio Aru (Astana), quinto, Alberto Contador (Tinkoff), sétimo, e Thibaut Pinot (FDJ), décimo. Juntando outras estrelas, estarão nesta Volta ao Algarve 26 corredores do top 100 do ranking de 2015, um crescimento de 62,5 por cento face ao ano passado. É obra.
A presença de tantos ícones da modalidade, deve-se à conjugação de vários factores: a prova está bem colocada no calendário internacional, corre-se numa região em que o clima é ameno mesmo em pleno inverno, a hotelaria é de qualidade e as estradas algarvias têm características excelentes para a construção de um percurso que responda às necessidades competitivas de início de temporada.
Dos nomes mais sonantes – entre muitos outros sucessos – sobressaem ciclistas com quatro vitórias na Volta a Espanha, duas na Volta a França e duas Volta a Itália, nove em Mundiais, sete no Paris-Roubaix, oito no Tour de Flandres e uma medalha de ouro olímpica, enquanto as equipas pressentes são as seguintes: WorldTour: Astana, Cannondale, Etixx-QuickStep, FDJ, IAM Cycling, Katusha, Lotto Soudal, Lotto NL-Jumbo, Movistar, Team Sky, Tinkoff e Trek-Segafredo; Continentais Profissionais: Bora-Argon 18, Caja Rural-Seguros RGA, Gazprom-RusVelo, Novo Nordisk, Roth e Verva ActiveJet; Continentais: Efapel, LA Alumínios-Antarte, Louletano-Hospital de Loulé, Rádio Popular-Boavista, Sporting-Tavira e W52-FC Porto
No traçado da 42.ª Volta ao Algarve, a primeira e a quarta etapa são vocacionadas para os velocistas testarem a ponta final. A terceira é um contra-relógio individual de 18 quilómetros, que permite aos especialistas experimentar as novas “cabras”. A segunda e a quinta etapa têm final em alto, servindo de exame ao momento de forma dos trepadores.
As etapas são as seguintes:
17 de fevereiro – 1.ª Etapa: Lagos – Albufeira, 163,6 km
18 de fevereiro – 2.ª Etapa: Lagoa – Fóia (Monchique), 198,6 km
19 de fevereiro – 3.ª Etapa: Sagres – Sagres, 18 km (Contrarrelógio Individual)
20 de fevereiro – 4.ª Etapa: S. Brás de Alportel – Tavira, 194 km
21 de fevereiro – 5.ª Etapa: Almodôvar – Malhão (Loulé), 169 km
Como o evento é também uma festa para os adeptos de ciclismo e para os praticantes amadores e de lazer, estes terão a oportunidade de no sábado, dia 20, participar no Passeio de Ciclismo para Todos da Volta ao Algarve. Terá 40 quilómetros, com partida e chegada em São Brás de Alportel, sendo esperados 200 participantes.
No dia seguinte, Loulé recebe a partida e a chegada do Algarve Granfondo, um evento de massas que já exige uma melhor preparação física. Os participantes no granfondo terão pela frente 135 quilómetros, com 2600 metros de acumulado de subida. Quem alinhar no mediofondo vai enfrentar 83 quilómetros e um acumulado de 1300 metros. Vão participar 700 pessoas, oriundas de Portugal, Alemanha, Canadá, Espanha, França, Inglaterra, Irlanda do Norte e Suíça. Os vencedores serão coroados no alto do Malhão, no pódio final da Volta ao Algarve.
