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Não se pode dizer que Ana Cabecinha, a melhor portuguesa, esta sexta-feira, no mundial de Pequim – onde obteve um brilhante quarto lugar – esteve de perto de cheirar a medalha de bronze, mas que trabalhou para isso não houve dúvidas, conquistando o melhor lugar de sempre, depois do 7º.
Cabecinha – bem como Inês Henriques e Vera Santos estiveram em “duas provas diferentes” – com a portuguesa mais qualificada do momento a fazer jus a um lugar que mereceu inteiramente, pela forma inteligente como conduziu o seu andamento.
Marchou quase sempre pela oitava posição e aproveitou as oportunidades que foram surgindo para se chegar mais à frente e terminar numa inolvidável 4ª posição. De grande gabarito e honra para a atleta portuguesa.
Cabecinha terminou com 1.29.29, ficou a um minuto do registo que tinha feito este ano (1.28.28), recordando-se que o recorde pessoal é de 1.27.46 (2008). Vera Santos foi 21ª (1.34.01) e Inês Henriques foi 23ª (1.34.47).
A prova foi ganha pela chinesa Hong Liu (1.27.45), batendo a sua compatriota Xiuzhi Lu por “um peito”, como se diz na gíria, porquanto foi-lhe atribuído o mesmo tempo. A medalha de orata foi conquistada pela ucraniana Lyudmyla Olyanovska, com 1.28.13.
De salientar um único recorde nacional obtido nesta prova (entre as 49 participantes), obtido pela neozelandesa Alana Barber, 18.ª classificada, com 1.33.20 h (antes, 1.35.07).
Nas finais desta sexta-feira, de registar a queda de quatro recordes nacionais, o que quase foi como que achar uma “agulha no palheiro”, objectivo que devia ser “medido” por todos os participantes, para se superarem nas competições mais importantes como estes campeonatos do mundo.
O maior registo vai para a prova do salto em comprimento (feminino), onde a medalha de ouro se decidiu no último ensaio, tal como o que se passou com o bronze de Nélson Évora, no triplo.
A nova campeã, a norte-americana Tianna Bartoletta, no terceiro lugar (6,95) à entrada para o último ensaio, fez uma arrancada para uns brilhantes 7,14 que valeram ouro, passando a liderar a prova em termos mundiais. A britânica Shara Proctor, que estava em 4º, fez um magnífico salto a 7,07 e conquistou a prata (com novo recorde nacional) enquanto a servia Ivana Spanovic ganhou o bronze com 7.01, um registo que fez no primeiro e último ensaio, também um novo recorde do seu país.
Nos 200 metros, ouro para a holandesa Dafne Schippers (21,63), que se superou à jamaicana Elaine Thompson (21,66), enquanto outra jamaicana, Veronica Campbell-Brown, chegou à prata com 21,66.
Nos 100 metros barreiras, mais uma medalha de ouro para a Jamaica, através do triunfo de Danielle Williams (12,57), menos dois centésimos do que a prateada e alemã Cindy Rolader (12,59), sendo a medalha de bronze sido ganha pela bielorussa Alina Talay (13,04), o que é um novo recorde nacional do país.
Realce ainda para o ouro conquistado pelo russo Sergey Shubenkar, que ganhou os 110 metros-barreiras (12,98) com um novo recorde nacional russo, à frente de Hansle Porchment (Jamaica), com 13,03 e Aries Merritt, aos Estados Unidos da América. (13,04)
No final deste sétimo dia, o Quénia mantém a liderança nas medalhas (6 de ouro, 3 de prata e duas de bronze), seguido dos Estados Unidos (4-4-6), da Jamaica (4-2-3), G. Bretanha (3-1-0), os únicos países com três ou mais medalhas de ouro cada.Com duas de ouro estão a Polónia (2-1-3) e Cuba (2-1-0).
Nos pontos, os Estados Unidos da América mantêm-se firmes na frente, com 172, à frente do Quénia (108), da Jamaica (101), da Alemanha (73), da China (49), G. Bretanha (65) e China (64).
Para este sábado, Portugal vai estar representado na prova dos 50 km marcha por Pedro Isidro (3.56.15 como recorde pessoal), sem grandes hipóteses para largos voos.
As finais marcadas para este sábado são o salto em altura, 800 metros e estafeta 4×100 metros (feminino) e 5.000 metros, disco, a prova dos 1.500 metros para fechar o decatlo e a estafeta de 4×100 metros (masculino).
No domingo, estará em acção a maratonista Filomena Costa na final da maratona (00h30)
