Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Mundial de Canoagem – Portugal conquistou seis quotas para o Rio de Janeiro

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Portugal esteve em plano de gabarito, uma vez mais, ao conquistar seis quotas para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, faltando definir o tipo de barcos e quais os atletas que neles tomarão parte, proezas cometidas no mundial que este domingo se concluiu em Milão (Itália).

No último dia, este domingo, Teresa Portela teve a felicidade de ficar a saber que, no seguimento dos resultados da Final A de K4 500 metros, a nona posição alcançada na prova de K1 500 foi suficiente para atingir o apuramento olímpico.

Situação idêntica que foi considerada para Hélder Silva depois da final A de C2 1000 metros, que terminou com a vitória da dupla brasileira, o que beneficiou o campeão português, que viu o oitavo posto alcançado na Final A de C1 200 metros ser suficiente para também chegar ao Rio de Janeiro.

Depois destas duas boas notícias, o campeonato terminou em beleza, com outro apuramento para os Jogos Olímpicos, desta vez por parte do K4 1000 composto por Fernando Pimenta, João Ribeiro, Emanuel Silva e David Fernandes, que completaram a prova em 2.58,802 (algo longe dos tempos das duas fases anteriores: 2.54,429 na primeira fase e 2.54,205 na meia-final) mas suficiente para um 5º lugar quando o número de vagas era de dez.

Esta embarcação regressará aos Jogos Olímpicos vinte e quatro anos depois da última presença (Barcelona 92), na altura com outros heróis: Rui Fernandes, António Brinco, António Monteiro e Belmiro Penetra.

Aos apurados para os Jogos junta-se ainda Fernando Pimenta, medalha de bronze no K1 1000, pelo que Portugal qualificou seis quotas, que permitem a presença de 6 atletas nos Jogos disputará mais lugares no decorrer do europeu de 2016.

A canoagem lusa adicionou, pelos resultados obtidos em Milão, um conjunto de feitos à sua história, em especial pelo número de quotas conseguidas mas também pelos feitos que Fernando Pimenta (melhor resultado de sempre em embarcação monolugar, numa distância olímpica num campeonato do mundo absoluto, com a conquista da medalha de bronze), Emanuel Silva (único canoísta com quatro participações olímpicas) e Hélder Silva (fez regressar as canoas portuguesas aos Jogos, vinte anos depois de Silvestre Pereira o ter feito em 1996).

Claro que todos os êxitos alcançados se devem ainda a João Ribeiro e David Fernandes, metade da formação que levou o K4 1000 a entrar na linha de partida na prova a realizar no Rio de Janeiro.

O facto menos positivo foi o não apuramento olímpico, neste mundial – como se esperava – do K4 e K2 500 metros feminino, havendo também a hipótese de obter o apuramento de três atletas durante a realização do europeu do ano que vem (Junho).

Neste último dia, outros atletas lusos estiveram em actividade, como foi o caso do K4 500, com Joana Vasconcelos, Francisca Laia, Beatriz Gomes e Helena Rodrigues, que obteve o 8º lugar na final B (1.39,998) e que correspondeu ao 17º na classificação geral. Registe-se que na eliminatória conseguiu 1.37,483 e na meia-final fez 1.34,802 sendo, ainda assim, relegada para a final B, não obtendo o almejado apuramento para os Jogos.

Na final B do K1 200, Teresa Portela também se viu afastada dos Jogos (por apenas 26 milésimos, no decorrer da meia-final, onde fez 41,168), completando esta final em 8º lugar, com 42,942, que correspondeu ao 17º lugar na geral dos 27 países.

Maria Santos, no C1 200, foi relegada para a final C, que cumpriu no 3º lugar (54,290) que equivaleu ao 31º lugar na geral. No apuramento obteve a sexta posição na sua série com 41,142, que deu origem à presença nesta final C.

Em resumo, uma presença extraordinária da canoagem portuguesa em termos mundiais, confirmando o trabalho que a modalidade tem vindo a protagonizar na última dezena anos.

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