A representação do Special Olympic Portugal, que conquistou 44 medalhas para Portugal nos Jogos Mundiais que decorreram na cidade norte-americana de Los Angeles entre 25 de Julho e este domingo, regressa a Lisboa esta segunda-feira e cheia de brilho.
E o caso não é para menos, considerando que o número de medalhas alcançado é o mais elevado na história desta organização lusa e que correspondem a 14 de ouro, 18 de prata e 12 de bronze, relativa à presença em nove modalidades.
Mais de sete mil foi o número de atletas em presença neste evento, que congrega os portadores de cidadãos portadores de deficiência intelectual, num movimento que foi iniciado há meio século por Eunice Kennedy, irmã do antigo presidente dos EUA John Kennedy, pese embora a portadora inicial tenha sido Rosemary Kennedy, nascida em 1918 e irmã mais velha de Eunice, um caso que nunca foi divulgado pela família, devido ao estigma que existia na época.
Ao longo da sua existência, outros exemplos de figuras públicas nos Estados Unidos foram sendo conhecidos e tornados públicos, bem como em todo o mundo, como foi o caso da atleta Loreta Claiborne, que levou o actual presidente do Special Olympics International, Tim Shriver , editado um documento intitulado “The Loretta Claiborne Story,” que divulga a saga inspiradora de uma atleta que nasceu pobre, com deficiência visual e deficiência intelectual. No entanto, ela passou a ganhar múltiplas medalhas neste evento, depois de correr 26 maratonas e viajar pelo mundo como um palestrante motivacional
O movimento, chegou a Portugal em 2001, e é presidido por José Dias Ferreira, ex-dirigente do Sporting Clube de Portugal, que se mostrou radiante com os resultados obtidos.
De entre os participantes, a mais medalhada foi a ginasta Maria Taveira (14 anos) que ganhou quatro medalhas nas competições de ginástica rítmica.