De acordo com o definido nas normas regulamentares elaboradas no início desta época desportiva, a Federação Portuguesa de Atletismo divulgou, esta segunda-feira, os nomes dos marchadores e maratonistas para o mundial de Pequim, a realizar de 22 a 30 de Agosto próximo.
Para os 20 km, como se esperava, foram escolhidas as três melhores no momento actual – Ana Cabecinha (Oriental do Pechão), Vera Santos (Sporting) e Inês Henriques (Clube Natação de Rio Maior) – ficando a olímpica Susana Feitor em “stand by” para algum contratempo que possa surgir com as ora indicadas, sem esquecer a situação anterior em que a referida atleta foi preterida por “comunicação enviesada”, o que a levou a pedir a demissão do cargo para que fora eleita na direcção federativa.
Para o sector masculino não foi indicado ninguém porque nenhum atleta fez mínimos, o que aconteceu também na maratona masculina.
Apenas nos 50 km Pedro Isidro (Benfica) representará Portugal na marcha, enquanto Filomena Costa é a única escolhida para a maratona, se bem que quer Sara Moreira quer Dulce Félix preferem ir aos 10.000 metros, guardando-se para a maratona dos Jogos Olímpicos, no ano que vem.
A selecção final será divulgada a 11 de agosto, tal como definem as citadas normas, dia a seguir ao último que que está estipulado para obtenção de mínimos.
Neste momento, são sete os atletas que já obtiveram as marcas de referência – duas delas Sara Moreira e Dulce Félix para os 1.000 metros, como se referiu – a que se juntam Nélson Évora (triplo), Tsanko Arnaudov (peso), Irina Rodrigues (disco), Patrícia Mamona e Susana Costa (triplo).
A quase três meses do início (22 de Agosto) do mundial, recorda-se que Portugal já obteve 16 medalhas, cinco das quais de ouro por Manuela Machado (1995), Fernanda Ribeiro (1995), Rosa Mota (1987), Carla Sacramento (1997) e Nélson Évora (2007).
A última medalha conquistada por um atleta português foi em 2009, em Berlim (prata por Nelson Évora), na edição anterior (2007 – Atenas) também foi Nélson a ser o único (ouro).
Em Noventa dias há muito tempo para fazer marcas, desde que os atletas tenham treinado dentro dos parâmetros exigíveis para um mundial.