Jogos Olímpicos – Rio’2016
A realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano, vai não só dignificar o Brasil, como também os países da América do Sul e de todo o Mundo, face à magnificência da organização do maior evento desportivo, social e cultural do planeta Terra.
Por um lado, porque a cidade do Rio de Janeiro vão reafirmar a sua potencialidade para o futuro como um “centro desportivo de alto rendimento” para os países sul-americanos, no capítulo desportivo, e vai beneficiar de outras infra-estruturas para efeitos culturais e sociais, aproveitando o investimento que foi feito nos Campeonatos Pan-americanos que ali se se realizaram em 2007.
O que motivou que estes Jogos custem metade do que se verificou em Londres, há três anos, através de uma engenharia financeira em que se aproveita 71% do que já estava construído, a que se acrescenta 17% de instalações temporárias, sendo apenas 12% o que se vai construir de novo mas que, uns e outros, passarão a ser o legado – juntamente com outros melhoramentos – para um futuro de, quiçá, mais cinquenta anos.
Dados que foram divulgados – depois de uma apresentação dos locais onde vão decorrer as competições das várias modalidades – pelo director-geral do comité organizador dos jogos Olímpicos e Paralímpicos, Leonardo Gryner, na sede e a convite , assinalado o ineditismo de o principal membro do comité organizador do evento ter apresentado, fora do país organizador, os principais detalhes da envergadura dos Jogos.
Gryner salientou ainda que dos cerca de 14 mil milhões de euros previstos no caderno de encargos, quando foi apresentado (há oito anos), apenas 43% será dinheiro público e que o restante é investimento privado, proveniente de parcerias que “foram feitas com algumas entidades que irão fazer a gestão de alguns dos empreendimentos que ficam desactivados”.
O dirigente brasileiro salientou-se ainda que este valor inclui um pequeno desvio de cerca de seis por cento do valor global inicial, o que considerou mínimo para um orçamento apresentado com oito anos de antecedência
Tal como Portugal, para a Expo98, aproveitou uma faixa da cidade de Lisboa que estava ao abandono e que foi recuperada para o efeito, Gryne adiantou que “no Rio de Janeiro vai acontecer a mesma coisa, porquanto vamos criar grande parte das infra-estruturas para os Jogos, que irá modificar o paradigma da nova cidade do Rio de Janeiro”.
Os problemas maiores que ainda subsistem referem-se tem a ver com os planos marítimos (Vela, Remo e Canoagem), face às condições da baía de Guanabara (com lixo e esgotos em grande percentagem), tendo Gryne referido que “o problema só será solucionado, na plenitude, daqui a muitos anos, estando garantido que até aos Jogos se atingirá os oitenta por cento (no momento atingiram-se os 50 por cento), o que até permitirá as pessoas beberem água da lagoa sem qualquer mal para a saúde”, tendo acrescentado que isso se deve “ao desvio dos esgotos para desaguar bem longe da baía”.
O responsável pela organização do maior evento à escala mundial referiu-se ainda à segurança, tendo divulgado que “o plano está a vigorar há alguns anos, em função das realizações tidas nos últimos anos e depois que foi criada a Força Nacional de Segurança, onde estão concentrados todo os efectivos indispensáveis a que tudo corra bem”.
Gryne sublinhou ainda que “o Rio de Janeiro nunca teve nenhum problema a este respeito e desejamos todos que seja uma festa total”.
No campo da Educação, foi criado o programa “Transforme”, que está a ser aplicado em 423 escolas e envolvendo 230.000 alunos onde, segundo referiu, “está a ser aplicada a divulgação de publicações alusivas à política de Educação para o Rio de Janeiro”, que considerou de extrema importância.
Um encontro em português, numa altura em que também se “faz pressão” para qua a língua portuguesa seja adoptada como oficial no seio do Comité Olímpico Internacional, pelo que estes Jogos do Rio de Janeiro (que vai ser falado em português, inglês e francês) podem servir de “empurrão” para o efeito. Assim trabalhem todos os países de expressão lusa com esse objectivo.