Quiçá com o peso da maior responsabilidade – até porque os últimos resultados obtidos na liga portuguesa não foram de todo favoráveis – o Sporting acabou por sucumbir no último meio minuto do jogo por culpa própria, depois de uma recuperação de dois golos que merecia, no mínimo, chegar ao prolongamento.
O quarto golo nasceu da demora da defesa sportinguista em afastar a bola da pequena área, o que permitiu a Dione Alexa rematar com êxito, a trinta e cinco segundos do fim do encontro, tendo ainda o guardião do Barcelona, depois de receber a bola de um contra-ataque do Sporting, rematado, dois segundos antes de soar o “going”, para a baliza sportinguista onde não estava ninguém.
Não se pode dizer que o Sporting foi afastado da final por infelicidade, até porque o Barcelona foi mais esclarecido, teve maior posse de bola, soube defender melhor, afinal aquilo que os leões fizeram menos bem.
De muito bom foi o ritmo empregue, o empenho das claques leoninas, desta vez com ética, fair play e espirito desportivo e o record europeu obtido em termos de espectadores, que somaram 12.076, o que, por certo, são pontos ganhos para com a UEFA.
Nos minutos iniciais, o Sporting permitiu que os espanhóis tomassem conta do jogo, pese embora um primeiro ataque do Sporting em que pareceu existir falta dentro da área.
Começou, depois, a assentar mais o jogo, com bola em movimento mais rápido e aos três minutos e meio Alex rematou forte que o guardião Sedano desviou para canto para, um minuto depois, num livre directo, Diogo atirar ao lado.
Depois de um período mais equilibrado, o Barcelona voltou a criar perigo com Carlos Filho a rematar para Benedito defender superiormente, com o mesmo jogador, aos 5’, obrigar a outra grande defesa de Benedito, num sucedâneo de remates espanhóis que levaram o guardião sportinguista a estar sempre em alta.
Entrou-se depois num período de maior equilíbrio, sem grandes oportunidades, onde o tacticismo foi mais evidente e que durou até aos 12 minutos, quando o Sporting abriu o activo por intermédio de Diogo, num rápido contra-ataque.
O Sporting “descansou” um pouco mais e o Barcelona carregou para recuperar o atraso. Dyego atirou uma primeira vez ao poste (14’), Caio ripostou e obrigou Sedano a defender bem mas o mesmo Dyego chegou ao empate (16’), numa jogada em que acabou por fazer o golo.
Depois de Saad ter rematado de longe para surpreender Benedito, que não conseguiu, o guardião sportinguista lesionou-se e não mais votou ao jogo. Mas Cristiano, chamado a substitui-lo, jogou bem e não teve culpa nos golos que posteriormente surgiram.
No segundo tempo, uma falta idêntica à da primeira desta vez na área do Sporting também não foi sancionada e aos 5’ foi o Barcelona a marcar o segundo golo, por Wilde, aproveitando uma falha no lado esquerdo da defesa leonina e rematando à vontade.
E aos 7’ os espanhóis aumentaram a vantagem para 3-1, também pelo mesmo jogador e da mesma forma, o que não devia ter acontecido, com o Barcelona a ter outra oportunidade logo a seguir num remate de Carlos Filho que levou a bola ao poste da baliza de Cristiano.
O Sporting ainda “acordou para a vida” e aos 13’ reduziu para 3-2 com um golo de João Matos, o que deu o ânimo suficiente para, aos 16, Caio ter empatado com um remate colocado.
Faltavam quatro minutos e o Sporting não aguentou a pressão, com Wilde a fazer três remates consecutivos que foram afastados pelo guarda-redes e defesas leoninas quase em desespero.
E nos últimos trinta e cinco segundos foi de vez, como se referiu. Foi pena. Mas o Barcelona mereceu porque trabalho mais e melhor.
Barcelona e Almaty, os vencedores da prona nos dois anos anteriores, vão este domingo dirimir para ver se os espanhóis atingem o tri ou ficam empatados a dois (títulos).
A dupla de arbitragem foi formada pelo italiano Alessandro Malfer e o húngaro Gábor Kovács, não tiveram erros de palmatória nem influência no resultado. O terceiro oficial foi o romeno Bohgdan Sorescu.
Dyego foi considerado o melhor em campo, mas há que destacar os homens-golo, como foram os casos de Diogo, João Matos e Cássio (Sporting), Wilde (Barcelona), já que Dyego marcou dois golos.
Cinco inicial:
Barcelona: Paco Sedano; Gabriel, Dione Alex, Wilde e Lin, tendo jogado ainda Aicardo, Carlos Filho (muito bem mas também mau feitio) e Saad.
Sporting: João Benedito; Diogo, Caio, João Matos e Alex. Jogaram também Djó, Fábio Lima, Pedro Cary, Miguel Ângelo e Cássio.
No domingo, o Spoerting joga com os russos do Dina Moskva para o 3º e 4º lugares e Barcelona e Almaty discutem o título.