Dois medalhados olímpicos em Londres são as figuras de proa – mas não só – no regresso no Grande Prémio de Marcha ao Challenge da IAAF, este ano também a funcionar como campeonato nacional, recolocando a cidade de Rio Maior nas bocas de todo o mundo, evento que terá lugar a partir das 14h30 deste sábado.
Nesta estrelada 24ª edição, referência para o guatemalteco Erick Barrondo (prata em Londres) e o chinês Zhen Wang (bronze também em Londres), a que se acrescenta o quarto classificado dos mesmos Jogos Olímpicos, o chinês Zelin Cai.
O número de estrangeiros presentes é da ordem das seis dezenas, oriundos de vinte países, desde o México à Índia, passando pela Colômbia, Turquia, Espanha, França, Itália, Guatemala, Brasil, Lituânia, Ucrânia, China, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Eslováquia, Suécia, Turquia e Venezuela – não surgindo qualquer representante da Rússia, provavelmente pelo “escândalo” de dopagem verificado recentemente, que originou sanções a vários atletas, de ambos os sexos.
A melhor marca alcançada em Rio Maior foi conseguida pelo russo Valeriy Borchin (1.18.55, em 2011), seguindo-se o espanhol Francisco Fernandez (1.19.02, em 2005) e o australiano Nathan Deakes (1.19.15, em 2005).
Do lado português, os irmãos João Vieira (Sporting) e Sérgio Vieira (Benfica) são os mais consagrados, pese embora o primeiro venha de uma intervenção cirúrgica, o que cria alguma expectativa para este “duelo”. Mas Pedro Isidro, Dionísio Ventura e Pedro Martins, também integram o lote dos lusos mais cotados na luta pelo pódio.
Em jogo estão também a obtenção dos mínimos para o mundial deste ano (1.23.00).
No lado feminino, Ana Cabecinha, Vera Santos, Inês Henriques e Susana Feitor formam o quarteto de luxo – todas procuram os mínimos para o mundial de Pequim – das quais apenas três poderão estar na capital chinesa.
Vera (2010 e 2014) e Susana (oito triunfos nas primeiras dez edições) foram as únicas portuguesas que venceram esta competição, enquanto Ana foi 2ª em 2012 e 3ª em 2013. Inês foi 3ª o ano passado.
Pontuável para o Challenge Mundial, esta competição já está a “arder” pelos vários “condimentos” que apresenta.
A bielorrussa Rita Turava (1.27.19, em 2005) é a recordista do percurso, à frente da chinesa Hongyu Liu (1.27.55, em 2000) e da portuguesa Susana Feitor (1.27.55, em 2001).
Mais um êxito assegurado para o atletismo português, no caso especial na disciplina da marcha, com Rio Maior de novo na ribalta mundial.