Domingo 23 de Novembro de 0459

Nelson Évora e Patrícia Mamona para o pódio

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DR – FPA

Atletismo – Europeu de pista coberta

Nelson Évora e Patrícia Mamona são os principais atletas lusos candidatos ao pódio no europeu de pista coberta que esta sexta-feira se inicia na cidade checa de Praga, terminando no domingo.

Com a melhor marca europeia do ano, o triplista português e campeão olímpico, apresenta-se em excelente forma depois de quase dois anos a tratar de lesões que o obrigaram a ficar inactivo em termos competitivos, como se comprova pelos 17,19 alcançados em Pombal, mais dezasseis centímetros de que o segundo europeu, o espanhol Pablo Torrijos, enquanto Patrícia é 10ª entre as 23 concorrentes.

Bater os recordes nacionais (17,33 e 14,36, respectivamente) são também objectivos de Nelson e Patrícia, recordando-se que a triplista do Sporting ganhou a medalha de prata em 2012 e foi 4ª no mundial do ano passado.

Se bem que em competição as coisas possam não ser tão lineares, do ponto de vista psicológico – e para quem sofreu bastante com esta paragem forçada – a verdade é que, como diz o ditado, “candeia que vai à frente alumia mais”. Vamos aguardar que assim seja, tanto mais que Nelson ainda não conquistou qualquer medalha nesta competição, onde Portugal já arrecadou 19 (10 de ouro, 7 de prata e 2 de bronze) entre 1994 e 2013, sendo de esclarecer que a primeira foi alcançada por João Campos em 1986, na primeira edição da prova.

A recordista de títulos é Naide Gomes, com 4 (duas de ouro e duas de prata), a par de Rui Silva, também a chegar às 4 medalhas (três de ouro e uma de prata, à frente de Fernanda Ribeiro, com 3 (duas de ouro e uma de prata), Carla Sacramento, 3 (uma de ouro, uma de prata e uma de bronze). Sara Moreira tem uma de ouro e uma de prata e as restantes foram conseguidas por Francis Obikwelu (ouro), Carlos Calado (prata) e João Campos (bronze).

Regressando a este ano, os restantes atletas procuram chegar às finais, o que acarreta algumas dificuldades ou … talvez não. Tudo depende do estado de alma de cada um (incluindo adversários) na hora da prova.

Edi Maia poderá tentar chegar (ou bater) ao recorde nacional do salto com vara, que detém com 5.70 desde o ano passado. O mesmo objectivo é partilhado pelo jovem Diogo Ferreira que este ano já chegou aos 5,60. Apenas os oito melhores estarão na final, podendo os 5,60 até chegar para o efeito.

Yazaldes Nascimento, finalista no europeu de ar livre no ano passado (100 metros) aspira chegar à meia-final dos 60 metros, o mesmo esperando João Almeida mas nos 60 metros com barreiras.

Susana Costa, que tem “sustentado” uma saudável luta com Patrícia, terá de chegar acima dos 13,90 para se poder classificar para a final.

Em termos de calendário, Nelson será o primeiro a entrar em acção, pelas 9 horas de sexta-feira, na qualificação do triplo salto, seguindo-se (9h15) os saltadores com vara Edi Maia e Diogo Ferreira. Pelas 9h32 será a vez de João Almeida estar na primeira ronda dos 60 metros barreiras que, se ficar apurado, voltará a correr (meias finais) pelas 15h25. Se conseguir apurar-se para a final, estará de novo na pista pelas 17h55.

Entretanto, nesta quinta-feira, tiveram lugar as fases de qualificação para três provas. No peso (feminino) as melhores foram a húngara Anita Márton, com 18,44 e a bielorrussa Yulia Leantsiuk (18,33). No masculino, o alemão David Storl foi apurado apenas com um ensaio a 21,23, à frente do luxemburgês Bob Bertemes, que bateu o recorde nacional do seu país a 20,56. No comprimento, os finlandeses dominaram com Michel Tornéus a saltar 7,97 e Andreas Otterling a chegar aos 7,96, com mais dois concorrentes acima dos 7,90.

Salienta-se ainda que esta é a segunda comitiva mais reduzida (apenas sete atletas, idêntica a 1996) – a “pior” foi de seis atletas (2007) – na história da presença em competições internacionais de pista coberta.

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