A Seleção Nacional de Sub-23 estreou-se, esta segunda-feira, no Campeonato da Europa com um empate a três bolas frente à Itália. O jogo foi intenso, mas teve um desfecho que soube a pouco para a equipa das quinas, que esteve a vencer por dois golos de diferença.
A primeira parte foi marcada por um ritmo elevado, com maior ascendente de Portugal que procurou as transições rápidas, enquanto os italianos respondiam com pressão alta sobre a saída de bola lusa. O guarda-redes adversário foi determinante no primeiro tempo, com várias intervenções decisivas, incluindo uma defesa a um penálti cobrado por Zé Miranda. Gui Azevedo, Tiago Sanches e o próprio Miranda estiveram perto de inaugurar o marcador, mas sem sucesso, com o nulo a manter-se ao intervalo.
No segundo tempo, os golos surgiram, com Portugal a voltar a entrar determinado e com sinal mais. Aos nove minutos, a seleção italiana cometeu a 10ª falta, mas mais uma vez o guarda-redes defendeu a tentativa de Zé Miranda. Portugal insistiu e acabou por marcar três minutos depois, dois golos no espaço de um minuto: Tomás Santos fez o 1-0 e Miranda disparou um “míssil” indefensável para o 2-0.
O conjunto luso respirou um pouco, mas cometeu a 10ª falta que a Itália aproveitou para reduzir para o 2-1, no entanto, Lucas Honório voltou a aumentar a vantagem no marcador para o 3-1. Sem esmorecer, a Itália marcou dois golos em menos de três minutos, na reta final da partida, e fechou o resultado no empate a três.
O selecionador nacional, Paulo Freitas, explicou que a equipa quando ficou em underplay, devia “ter forçado a 10ª falta para cair naquele momento. Não o fizemos e depois, já não era tempo também de o fazer porque tínhamos dois golos de vantagem”.
Para Freitas, Portugal foi “pouco eficaz na bola parada, mas criou muitas situações, custou-nos a entender a forma como podíamos ter explorado o posicionamento do guarda-redes da Itália, que saía muito na ameaça do tiro. Acabámos por marcar golos assim, mas demorámos a entender isso”.
Apesar de confessar que “a ansiedade e um pouco de nervosismo do primeiro jogo também condicionou um bocadinho”, o selecionador mostrou-se “satisfeito com a prestação dos atletas, face ao tempo de trabalho que tivemos”.
“Esta terça-feira, certamente vamos apresentarmo-nos melhor e estamos aqui com os nossos objetivos intactos. O que acho e sinto, para além da qualidade que os jogadores têm e que a equipa tem, é que isto vai ser um processo crescente e, portanto, vamos apresentarmo-nos cada vez melhor”, disse.
A seleção nacional volta a entrar em campo, nesta terça-feira, frente à Suíça.