Com uma primeira parte quase impecável – que incluiu a falta de concentração da defesa portista na maior parte dos golos sofridos – o Benfica entrou tão bem “oleado” que na primeira jogada do desafio (1’) se adiantou no marcador através de um golo marcado por Pavlidis, o “matador”!
O médio-avançado benfiquista estava no sítio certo, recebeu a bola na zona frontal e brindou Diogo Costa com um remate forte, cruzado, que levou a bola ao fundo da baliza, ante a passividade da defesa, que começou mal e não se encontrou mais.
Pouco depois, o Benfica teve oportunidade de chegar ao 2-0, mas a bola, caprichosamente, foi ao poste, o que poderia adivinhar um “cataclismo” histórico da formação portista.
Mesmo assim, foi o Benfica que continuou a mandar e a controlar o jogo, tendo chegado ao segundo golo (42’), numa altura em que o intervalo estava no horizonte próximo, sem que o FC Porto tivesse “tento” para verificar o que se estava a passar.
Daí que a estatística demonstrasse, até ao intervalo, que o Benfica esteve acima no que se referiu aos remates (8-6, dos quais 3-0 para a baliza), com o FC Porto a ter mais posse de bola (69/31%) mas sem produzir efeitos práticos, como demonstrou a desvantagem de dois golos, uma margem difícil de recuperar e, ou, anular.
A expetativa aumentou para o segundo tempo, mudanças aqui e ali nas duas equipas, o FC Porto subiu de rendimento (14-14 em remates, dos quais 3-5 para a baliza – sempre em débito), baixou a posse de bola (61/39%), e o marcador continuou a pender para o Benfica.
Foi o que se verificou quando Pavlidis (69’) completou o hat-trick, uma vez mais pela apatia da defesa portista, que tinha “permissão” para penetrar pela defesa dentro e surgir diante de Diogo Costa para marcar sem dificuldades.
Samu (81’) ainda reduzir (1-3) mas Otamendi (90+4’) fez o 4-1 e “acabou” de vez com um FC Porto com um dragão sem chama.
Com esta derrota, o FC Porto vai esperar pelo resultado do Sporting-Sporting de Braga (esta segunda-feira, em Alvalade, 20h45, num horário que devia ser proibido, mais a mais num dia de trabalho) para melhor fazer as contas quanto ao futuro.
Nos outros dois jogos desta segunda parte da 28ª jornada da Liga Betclic, realizados este domingo – e para dar com o tom do triunfo do visitante no Estádio do Dragão – também o Moreirense e o Estrela da Amadora foram ganhar fora.
Em Barcelos, o Gil Vicente, ainda que tenha dominado todas as estatísticas (12-8 em remates, dos quais 4-3 para a baliza, para uma posse de bola de 59/41%), acabou por perder (0-1) frente ao Moreirense, com um golo obtido por Frimpeng (48’), mantendo a equipa minhota o 10º lugar, de forma confortável e sem problemas de subir ou descer acima ou abaixo das quotas definidas.
Na Madeira, o Estrela da Amadora obteve um triunfo (0-1), num encontro em que os madeirenses também comandaram as estatísticas (19-12 remates, dos quais 4-3 para a baliza, numa posse de bola de 62/38%) mas não conseguiram converter isso em vantagem, tendo aproveitado Jovane Cabral (82’) para levar os amadorenses ao triunfo, que se mantém ainda na linha de água dos últimos três do campeonato.
Nesta segunda-feira, o Farense recebe o Casa Pia (18h45), seguindo-se o Rio Ave-Boavista (20h15) e o Sporting-Sporting de Braga (20h45), com os leões de Alvalade a terem de vencer para não deixar o Benfica solto no topo da classificação.