Segunda-feira 02 de Abril de 3573

Portugal logrou “safar-se” da Dinamarca (5-3) e defronta a Alemanha nas meias-finais da Liga das Nações

DSC_6979Portugal qualificou-se, este domingo, para as meias-finais da Liga das Nações, ao vencer a Dinamarca, em Alvalade, por 5-2 no prolongamento (5-3 no conjunto dos dois jogos), após 3-2 no tempo regulamentar, recuperando da desvantagem de 1-0 da primeira mão.   DSC_7030 DSC_7252 DSC_7556 DSC_7687 DSC_8182 DSC_8247 DSC_8638 DSC_8678 DSC_9396

Num encontro que esgotou o Estádio José Alvalade (47.123 espectadores), o primeiro balde de água fria surgiu logos aos seis minutos, quando, beneficiando de uma grande penalidade, Cristiano Ronaldo – com o olhar num horizonte vazio – fez como que um passe para o guardião Schmeichel que defendeu com a toda a facilidade, criando uma grande “angústia” para o resto da partida.

Tendo-se bem presente que a formação lusa não tinha comprovado a sua categoria no jogo da primeira mão e sabendo-se que os dinamarqueses são portadores de um porte atlético de maior gabarito, muitos terão pensado que os restantes 94’ iriam ser jogados como que em “sofrimento”, mormente porque o capitão da equipa também viu apoderar-se dele um conjunto de nebulosas que o podiam tolher nas questões mentais.

E foi assim que se passou o jogo, porquanto, ainda que apresentando-se no mesmo sistema tático (4x3x3), os dinamarqueses pouco espaço deram à equipa lusitana procurar o golo, tendo a equipa forasteira, numa rara investida da equipa portuguesa, acabado por “oferecer” um golo, depois de Andersen ter introduzido a bola na sua própria baliza, ao tentar aliviar a bola provinda (37’) de um pontapé de canto, que chegou ao segundo poste, onde dois defesas saltaram ao mesmo tempo mas Andersen adiantou-se a cabeceou para a sua baliza, colocando Portugal na posição de vencedor, resultado com que se chegou ao intervalo.

No segundo tempo, os dinamarqueses reagiram ao infortúnio e igualaram (56’) o resultado, com um golo obtido por Kristensen, também no seguimento de um canto, com o defesa a saltar mais alto e a cabecear ante a passividade da defesa e até de Diogo Costa, ainda assim este o menos culpado.

Um quarto de hora depois (72’), Portugal voltou a comandar o resultado, com Ronaldo a fazer o 2-1, numa recarga a uma bola que veio do poste da baliza adversária, por onde tinha seguida por “ordem” de Bruno Fernandes.

Sol de pouca dura porquanto (76’) a Dinamarca voltou a empatar o resultado (2-2) com um golo obtido por Eriksen, depois de um contra-ataque em que os lusitanos foram lentos, com a bola a seguir do lado esquerdo para o lado direito, sem que ninguém da defesa (incluindo o guardião), onde surgiu o médio a mandar para a baliza deserta.

Portugal foi remando contra a maré, mas, ao mesmo tempo, a aproveitar algumas falhas que começaram a surgir na defesa dinamarquesas, com Trincão (86’) a fazer o 3-2, com o pé esquerdo, que levou a bola a entrar junto ao poste esquerdo do guardião escandinavo. Abertas as esperanças para o prolongamento, como se verificou poucos minutos depois.

Logo no primeiro minuto, no seguimento de uma avançada “com ganas”, com a bola a ser rematada para a baliza, onde o guardião Schmeichel, atento, defendeu para o lado, onde surgiu, num ápice, Trincão a fazer a recarga para golo, através de uma diagonal (da bola) que levou o esférico ao fundo da baliza. E Portugal a ver o apuramento mais perto. Mas chegou a troca de campo e houve que mudar as posições.

Entretanto, na sequência de uma jogada dentro da sua área, o guardião dinamarquês ficou menorizado face a uma lesão que o obrigou a jogar muito devagar, o que Portugal aproveitou para (115’) dar o remoque final, ao fazer o 5-2, depois de um golo alcançado por Gonçalo Ramos, depois de receber um passe de bandeja (dourada) para o centro da área onde o atacante luso se colocou para rematar e fazer o golo da confirmação do apuramento, notando-se uma nítida quebra mental e física da formação da Dinamarca, com Portugal a seguir para as meias-finais, defrontando a Alemanha na Liga das Nações.

Pelo que uma pequena parte dos adeptos portugueses se tivessem lembrado, nesta altura, em começar a gritar “olé, olé” como se se estivesse numa tourada.

Há muito para educar! Há muito para se ter ética!

Selecionador Roberto Martinez, ao site da FPF

DSC_6985Roberto Martínez, referiu que “acho que foi um desempenho muito diferente do que fizemos na Dinamarca. Vi uma capacidade para interpretar o jogo, para criar oportunidades, marcar cinco golos não é fácil. Ainda tivemos um penálti, a equipa foi muito inteligente. Fomos superiores. O ambiente na Dinamarca, em Copenhaga, foi muito bom, e hoje o ambiente em Alvalade foi ainda melhor.

Adiantou que “o futebol é uma lição de vida. Não há facilidades. Não é jogar os jogos e ganhar sempre 3-0. A vida é lutar, trabalhar bem, sermos honestos. A equipa mostrou os valores do povo português. Teve muita qualidade em momentos chave. Tivemos 11 jogadores no ‘onze’, com mais cinco que continuaram ao mesmo nível. É a nossa seleção, que nos deixa muito orgulhosos e, agora, na ‘final four’.

Salientou que “não é fácil entrar no espaço da seleção. O Trincão já está a trabalhar muito bem. Quando começou no estágio, em setembro, outubro e novembro. Mostrou, nos treinos, que está preparado, como o Diogo Jota, o Ruben Neves, o [Nelson] Semedo. Acrescentaram, e no futebol moderno é preciso mais do que os 11 em campo. Foi um prazer ver o Trincão marcar e mostrar o talento que tem”.

DSC_9561Concluiu que “estou aqui para ajudar os jogadores. Sinto muita confiança, dos adeptos, do novo presidente. Sinto a confiança de toda a federação. A seleção é dos adeptos, não do selecionador. Estou aqui para ajudar. Não sou um treinador novinho, tenho muita experiência. Estou tranquilo. Quando a equipa perde, é culpa minha, quando ganha, é dos jogadores. O importante é estarmos aqui a lutar pelos objetivos. Hoje, vivemos uma festa, e é isso que, como selecionador, me importa”.

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