As árbitras e juízas portuguesas com participação em Jogos Olímpicos foram, esta segunda-feira, homenageadas pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), no âmbito do Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março.
A luta pela igualdade de género e oportunidades foi o tema principal de uma homenagem que contou com 14 mulheres que desempenharam funções de arbitragem e ajuizamento desde os Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984 até aos mais recentes, em Paris 2024, que foram as seguintes:
- Paula Martins, Ciclismo no Rio 2016
- Esbela da Fonseca Miyake, Ginástica em Seul 1988, Atlanta 1996 e Sidney 2000
- Liliana Rodrigues, Ginástica em Londres 2012 e Rio 2016
- Alda Corte-Real, Ginástica em Atlanta 1996
- Jenny Candeias, Ginástica em LA 1984 (a primeira a desempenhar funções em Jogos Olímpicos)
- Ida Pereira, Ginástica em Sidney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008
- Eunice Lebre, Ginástica em Barcelona 1992 e Londres 2012
- Josefina Cruz, Ginástica em Seul 1988
- Maria de Lurdes Ávila Carvalho, Ginástica no Rio 2016
- Mariana Alves, Ténis em Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016
- Catarina Amorim Silva, Ténis em Tóquio 2020
- Mariana Enguiça, Ténis em Paris 2024
- Celeste Araújo, Ténis de Mesa em Paris 2024
- Paula Maia, Triatlo em Paris 2024
Na abertura, o presidente do COP, Artur Lopes, realçou a “justiça” de uma nova homenagem às mulheres, este ano na figura das árbitras: “Queremos agradecer a todas pela resiliência, pela força e pela coragem de, num país como este, apostarem e mostrarem que são tão boas como as melhores.”
“O COP já homenageou dirigentes, investigadoras, treinadoras, jornalistas, atletas empreendedoras, atletas pioneiras que abriram caminho para a representação de Portugal nos Jogos Olímpicos e até as mães de atletas medalhados. Este gesto simbólico pretende alertar para a necessidade de promover a igualdade e aumentar a participação de mulheres no desporto em todos os níveis, funções e áreas de competência”, começou por lembrar Elisabete Jacinto – ex-piloto e membro da Comissão Mulheres e Desporto do COP.
Entre as 14 homenageadas, somaram-se “apenas cinco modalidades, muitas delas tradicionalmente femininas”, uma “barreira” que Elisabete Jacinto nega ser “intransponível”: “Superá-la exige dedicação, empenho e medidas concretas, mas acima de tudo exige consciência e responsabilidade para desenvolvermos uma sociedade mais igualitária não apenas no desporto. Felicito as distinguidas e agradeço o vosso exemplo, que representa mais um passo nesta longa maratona rumo à igualdade.”
A encerrar a homenagem, Sameiro Araújo, vice-presidente do COP, considerou as mulheres árbitras como “peças fundamentais na manutenção da justiça e na integridade das competições olímpicas.”
“Hoje, celebramos estas mulheres que, com coragem, habilidade e determinação, provam que o seu lugar no desporto é tão essencial como o de qualquer outro. Cada uma de vocês representa um marco de superação e o COP orgulha-se de, através deste evento, celebrar as vossas trajetórias e contribuições. Esta homenagem não é apenas um reconhecimento, mas também um tributo à persistência e à luta pela igualdade de oportunidades. Este é um símbolo do nosso compromisso em apoiar e promover a equidade de género. A vossa presença em Jogos Olímpicos inspira futuras gerações a sonharem e a acreditarem que, em qualquer área, a competência e a paixão pelo desporto não tem género.”