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Na jornada matinal do terceiro dia de competição, este sábado, Salomé Afonso e Miguel Moreira (3000 metros), Jessica Inchude e Auriol Dongmo (lançamento do peso), apuraram-se para as finais a decorrer neste domingo em Apeldoorn (Países Baixos).
Salomé Afonso perdurará na memória dos portugueses com o feito conseguidos nos 1.500 metros (medalha de prata) e por pouco mais de doze horas, ter alinhado na segunda das meias-finais dos 3000 metros, terminando no quarto lugar, em 9.08,46, abrindo portas para estar em nova final.
“Não dormi nada esta noite, mas a motivação é a mesma, já fui medalhada, o meu sonho agora é desfrutar. Como não dormi isso refletiu-se na prova, estava bastante cansada e tive de dar um boost na parte final. Estava à espera de uma prova mais rápida, por isso, ser mais tática acabou por correr bem para mim”. Agora, na final, será correr sem pressão adicional, “afinal isto são os Europeus”, desfrutando desta experiência.
Pouco depois, na qualificação do lançamento do peso, Jessica Inchude foi a melhor, conseguindo ficar apurada diretamente para a final ao seu segundo ensaio (18,85 metros, era pedido 18,80), terminando com a terceira marca da qualificação.
“O objetivo foi cumprido, com uma boa marca e isso deixa-me esperançada para amanhã (hoje), na final”, referiu a atleta que, no lançamento da qualificação, deu um forte grito. “Teve de ser, pois não gostei nada do primeiro lançamento e teve de ser de raiva. Mas também não gostei do segundo, até fiquei surpreendida com o resultado”, referiu.
Auriol Dongmo, alcançou 18,64 metros tendo cumprido também o objetivo de apurar-se para a final, ainda que “Auriol queria ter alcançado a qualificação direta, assim tive de ficar até ao fim. Não é fácil, mas amanhã vamos com tudo. Sinto-me bem, preparei-me mentalmente para enfrentar de forma diferente a final”.
Fora da final ficou Eliana Bandeira, 10ª classificada com 17,44 metros.
O último a conseguir apuramento para uma final foi Miguel Moreira. O português deu um passo de gigante para ser apurado para a final dos 3000 metros, com uma última volta rápida e um sprint para terminar em sexto lugar (em 7.51,74), assegurando esse objetivo. Alguns adversários já começam a notar, o “homem do carrapito”. “É verdade, já falam nisso algumas vezes, começa a ser icónico, e até é engraçado conhecerem-me pelo meu cabelo”, disse no final.
“Fiz o que tinha de fazer, o mínimo era ser sexto, consegui e estou feliz por isso. Agora na final, amanhã, é dar tudo de mim de novo”, afirmou. Espero que a final seja mais rápida para poder atacar o recorde nacional”.
Na segunda das meias-finais, Duarte Gomes conheceu tarefa difícil. Esteve dentro da corrida, mas nos últimos 400 metros, o favorito Jakob Ingebrigtsen resolveu ir para a frente, mudou completamente o ritmo e Duarte Gomes terminou no 10º lugar, em 7.55,24.
No final, afirmou que “as sensações foram boas. Senti-me dentro da corrida até ao final. Nos últimos quatrocentos metros perdi um bocadinho o grupo, falta-me trabalhar um pouco mais, para estar nestes palcos e acabar forte como eles. Para a minha primeira vez estou satisfeito, dá-me ganas para mais, para o que ainda vem nesta época. É um enorme prazer estar nesta comitiva, ao lado de tão bons atletas”.
A meio da tarde, os portugueses Salomé Afonso e Isaac Nader tiveram oportunidade de receberem as medalhas conquistadas nos 1.500 metros de sexta-feira.
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Na final do triplo-salto, Tiago Luís Pereira terminou em quinto lugar, com 16,45 metros, numa prova em que, no quinto ensaio, o italiano Andy Diaz Hernandez “arrancou” um salto de 17,71 metros, para conquistar o ouro.
Tiago Luís Pereira não se encontrou totalmente e o seu melhor salto foi ao quarto ensaio, com o atleta luso a afirmar que “estas provas são para disputar medalhas, para disputar os lugares cimeiros, infelizmente hoje não consegui, hoje nada encaixava, cometi erros técnicos e fiquei em quinto”, afirmou.
Na final dos 400 metros, João Coelho terminou na sexta posição, com 46,46 segundos. Partiu na pista um, o pior lugar nesta pista, e ainda por cima foi abalroado duas vez por um atleta neerlandês, quando estava a ganhar espaço e lugares, para poder baixar dos 46 segundos. Mas não deu.
“Calhar na pista um já é um bocadinho complicado, mas este tipo de embates complica mais a situação”, afirmou desapontado. “Acho que ia bem, ia lançado, mas estas coisas acontecem. É pena que me tenha prejudicado a corrida. Achava que ia ser melhor, mas os acidentes acontecem”.
Na meia-final dos 60 metros, Carlos Nascimento foi sétimo classificado, com 6,62 segundos (6,61 na eliminatória, com recorde pessoal) e referiu que “foi o que andei a fazer nas outras corridas, acho que não podia ter feito melhor. Já não tenho 20 anos, já me custa fazer tantas provas no mesmo dia, mas estou muito orgulhoso de mim, acho que não há outras palavras, acabo de ter mais uma final europeia, aos 30 anos, já com 14 ou 15 anos de atletismo. Fiz duas vezes recorde pessoal e mesmo estes 6,62 segundos igualam o meu recorde anterior. Não baixei dos 6,60, pode ser que aconteça no Mundial”.
Na quinta corrida da eliminatória, Delvis Santos terminou com 6,77 segundos.
Este domingo, último dia dos campeonatos, há mais portugueses em competição.
Às 10h05 (9h05 em Lisboa) começa a qualificação do lançamento do peso masculino, com a presença de Tsanko Arnaudov. Passam à final os atletas que passarem os 21 metros ou os oito primeiros classificados. A final está marcada para as 16h28 (menos uma hora em Lisboa).
Pouco depois, Lorene Bazolo começa a sua participação nos 60 metros. Às 12h08 (11h08 em Lisboa) alinhará na segunda série. Passam às meias-finais as quatro primeiras e os quatro melhores tempos seguintes. As meias-finais estão marcadas para as 16h15 (15h15 em Lisboa) e a final às 18h37 (17h37).
Às 16h50 (15h50 em Lisboa) começa a final dos 3000 metros masculinos, com Miguel Moreira, e às 17h36 (16h36 em Lisboa) inicia-se a final dos 3000 metros femininos, com Salomé Afonso.
Às 17h52 (16h52) será a final do lançamento do peso com Jessica Inchude e Auriol Dongmo.
