Sexta-feira 21 de Fevereiro de 2025

Campeão Olímpico Carlos Lopes completa hoje 78 anos

CarlosLopes.PulsaçãoNascido em Vildemoinhos (Viseu) em 18 de fevereiro, o campeão olímpico Carlos Lopes completa nesta terça-feira 78 anos de uma vida mais ou menos a “correr” para chegar ao título de campeão olímpico da Maratona, no que foi o primeiro português a fazê-lo.

De famílias humildes, como era o povo das aldeias deste Portugal, foi brincando até ir para a escola primária e, terminada, seguir para a vida de trabalho para ajudar os pais que, tendo passado dificuldades no pós-guerra de 1939-1945, precisavam de aumentar o pecúlio financeiro familiar para chegar ao essencial a manter uma família minimamente cuidada.

Com 17 anos, já torneio mecânico – depois de outras experiências – do nada saiu um desafio (noturno) para correr pelos caminhos que davam até casa dele e dos colegas que o acompanhavam, no que foi – depois de uma passagem pelo futebol, onde não singrou – o princípio para outro desafio, que foi correr a São Silvestre de Viseu, onde deu nas vistas.

Face ao desempenho tido e aos “olheiros” dos grandes clubes, Lopes depressa se viu a vislumbrar um novo caminho, depois dos grandes clubes terem sabido da boa nova.

Vibrante, como sempre – até falecer – o professor Moniz Pereira tratou de o convencer para vir para Lisboa e para o Sporting, que nada lhe faltaria para começar uma carreira a sério.

Com 19 anos, Carlos Lopes tratou de assinar os papeis pelo clube de Alvalade e entrar pela mítica porta 10-A, para entrar na alta roda, o que foi comprovando pelos resultados que foi obtendo, ainda que nem tudo foram rosas, porque os espinhos também surgiram, até ao ponto de ter pensado desistir e regressar a casa.

A tempestade passou e a partir de 1975, depois de aprovado e entrado em vigor o plano de alta competição apresentado pelo Senhor Atletismo, as condições de treino melhoraram substancialmente e, com isso, Carlos Lopes saltou para a ribalta mundial ao sagrar-se campeão mundial de corta-mato (1976), coisa que nem Manuel Faria nem Manuel de Oliveira – outros “monstros” do atletismo português de todos os tempos – tinham conseguido para o Sporting.

Mas outros objetivos estavam traçados por Moniz Pereira, quando, muito a sério, disse num grupo de amigos, que “tenho como meta que um atleta por mim treinado se torne campeão olímpico, que a bandeira de Portugal suba no mastro mais alto do pódio olímpico e que a Portuguesa (Hino Nacional) seja ouvida em todo o mundo”.

E assim foi em 12 de agosto de 1984. Há quase 41 anos.

Ontem como hoje, Carlos Lopes está de parabéns, com a certeza de que perdurará para sempre na História de Portugal.

A imagem aqui publicada reporta-se aos primeiros tempos dos treinos orientados pelo Senhor Atletismo, onde medir a pulsação era um dos fatores de maior importância para aquilatar da qualidade do atleta.

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