Sasa Pahic Szabo / kolektiff
Parece não existirem palavras para descrever o percurso de Portugal neste Mundial de Andebol’2025, em especial depois dos Heróis do Mar terem vencido (ainda que após prolongamento) uma Alemanha que, face à conjuntura socio financeira local, não teve “ganas” suficientes para afastar este Portugal pequenino à beira-mar plantado!
Heróis do Mar que se preparam para mais uma batalha estoica frente à tricampeã do Mundo, a Dinamarca, esta sexta-feira (19h30), em duelo que vale um bilhete para a final, desta vez com transmissão em direto na RTP1.
Sasa Pahic Szabo / kolektiff
Com fé, mente forte e superação, um Croácia-Portugal pode ser a inusitada final do Mundial de Andebol, cabendo à formação lusa como que “copiar” o que os croatas fizeram ao “despachar” a todo-poderosa França, nesta quinta-feira, por uma margem de três golos (31-28), numa partida em que os franceses não se prepararam da melhor forma e que os homens de Split souberam “combater” com ética e desportivismo.
Com a vitória, após prolongamento, a seleção nacional A masculina voltou a deixar os adeptos lusos a sonhar com a primeira medalha numa competição sénior. Brasil, Noruega, Suécia, Espanha e a última vítima – Alemanha – foram as equipas que os comandados de Paulo Pereira já deixaram para trás nesta competição. Os lusos assinalam mais um marco na história do andebol português ao vencerem o conjunto germânico num jogo com um final de muito coração onde Martim Costa selou as contas nos instantes finais.
Sasa Pahic Szabo / kolektiff
A invencibilidade é a palavra de ordem desta armada lusa que está de alma e coração nesta edição do Mundial, apesar do frio que se faz sentir por Oslo (capital da Noruega), onde Portugal tem a sua sede desde o início da competição. A ambição continua desmedida no seio da seleção nacional embora tenha pela frente a congénere que tem todo o favoritismo para ganhar esta competição, pela quarta vez na sua história.
Nesta sexta-feira, Portugal tem pela frente aquela que é apelidada por todos como a melhor seleção do mundo – Dinamarca – alguns até afirmam que parece uma equipa tirada de uma simulação, mas a ambição dos Heróis do Mar continua intacta e promete ser um jogo de cortar a respiração.
Dinamarca que é uma autêntica máquina demolidora e que é comandada por Nikolaj Jacobsen (islandês) desde 2017 e desde então já conquistou duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze em todas as competições.
Recorde-se que Portugal terminou o Main Round III na primeira posição após quatro vitórias (Brasil, Noruega, Espanha e Chile) e um empate frente à Suécia na Unity Arena. Os portugueses continuaram a escrever a sua história ao derrotarem a Alemanha nos quartos de final e procuram a primeira presença na meia-final da sua história.
Uma série sem precedentes de 35 jogos de invencibilidade, três títulos mundiais consecutivos e um domínio nunca visto a este nível na história do IHF World Championship, compõem oito anos sem qualquer derrota em mundiais. Desde 2017, a Dinamarca assegurou um fantástico tricampeonato, venceu 32 dos seus últimos 35 jogos e marcou pelo menos 300 golos em cada uma das três últimas edições da principal competição, sendo que nesta – quando ainda faltam disputar dois jogos – está muito perto de voltar a atingir a marca das três centenas (258).
Mas Portugal tem demonstrado que continua como “peixe na água”, com “sangue na guelra” e com vontade de “comer” quem lhe apareça pela frente, será que, com alguma felicidade, a formação lusa derrotará os “infalíveis” dinamarqueses e caminhará para uma final inédita, inesperada, incomensurável?
Mais logo se verá!
