Carlo Pozzoni / AIPS
Numa mensagem publicada, no último dia de 2024, no site da Associação Internacional de Imprensa Desportiva (AIPS), o presidente da instituição, Gianni Merlo, fez um balanço do que se verificou no âmbito do jornalismo desportivo no mundo, ainda que abrindo com uma mensagem positiva para 2025.
“Estamos ansiosos por um novo ano – o 2025 – que esperamos seja sem raiva e violência, e sem guerra, porque o que está a acontecer na Ucrânia, em Gaza, no Líbano, na Síria, e também no Sudão, e em outros países, não é aceitável. Acredito firmemente que a nova geração precisa de algo mais – esperança. Eles precisam criar um novo futuro, e também acreditar neste futuro”.
Versando o ano de 2024, salientou que “no ano passado, comemoramos o Centenário da AIPS, porque em 1924, em Paris, alguns dos nossos colegas tiveram a grande ideia e visão de criar esta associação que é muito importante no mundo de agora, porquanto o que estamos a organizar é algo que está realmente a ser feito na sociedade”.
Lembrou ainda que “um dos grandes sucessos do ano passado foi o AIPS100; as 100 Histórias Olímpicas contadas por 100 Jovens Repórteres de 100 Países em 100 Segundos. Foi uma plataforma cheia de sucesso porque a geração jovem mostrou que estão prontos para uma nova tarefa, porque acreditam no futuro, e é nosso dever ajudá-los a desenvolverem-se”.
Frisou que “durante a celebração do Centenário da AIPS, na sede da UNESCO – durante os Jogos Olímpicos de Paris – a AIPS protagonizou algo especial., ao juntar aos mais jovens os mais antigos “campeões do passado”, “colegas do passado e de hoje” que celebraram juntos com o mesmo sentimento por um desporto unido que também pode ajudar as pessoas a encontrar uma nova paz, porque o jornalismo desportivo está a criar pontes para a próxima geração”.
Pelo que, adiantou, “devemos continuar a trabalhar e, especialmente, temos de continuar a promover o que estamos a fazer; – por exemplo, o AIPS Sport Media Awards que foi um grande sucesso este ano com 2065 inscrições vindas de 139 países. Isso significa que as pessoas acreditam em nós, e temos de continuar a trabalhar para defender nossa profissão. Isso é importante”.
A concluir, frisou que “é importante porque se está a lutar contra a manipulação de resultados, contra o doping, e abre as mentes da próxima geração de que também têm que lutar porque desporto limpo também significa ter, talvez, uma sociedade melhor. Por essa razão, devemos continuar a trabalhar todos juntos”.
Tem toda a razão Gianni Merlo.
No entanto, talvez seja avisado pensar e verificar, primeiro, como se faz jornalismo – de uma forma global e à volta de todo o mundo – face a determinadas formas de promover situações que, num país dito normal – com ausência de ética, pouca transparência e integridade duvidosa.
