Nascido em 469 e falecido em 399 a.C, Sócrates foi o primeiro filosófico grego – segundo os dados conhecidos – que abordou as questões da ética, tendo referido, enquanto entre os seres vivos da altura, que a “ética é o conjunto de padrões e valores morais de um grupo ou indivíduo”.
Adiantou também que “em filosofia, a ética, filosofia ética ou filosofia moral é a disciplina filosófica que estuda os fundamentos da ação moral, procurando justificar a moralidade de uma ação e distinguir as ações morais das não morais das ações, morais ou amorais, procurando responder a várias questões de âmbito moral, sendo as principais “como devemos viver? ou “como devemos agir?
Sócrates foi, assim, “o primeiro a chegar a uma conceção adequada dos problemas da conduta”, surgindo, na altura, um “novo espírito critico”, tendo “terminado” a carreira com mais uma frase icónica: “mas eis a hora de partir: eu para a morte, vós para a vida! Quem de nós segue o melhor rumo, ninguém o sabe, exceto os deuses”!
Antes disso, deixou outras frases que, ainda hoje, deixam muitos a pensar, como a que “só sei que nada sei”, partindo das suas limitações; “não posso ensinar nada a ninguém, eu só posso fazê-lo pensar”; “conhece-te a ti mesmo”; “a vida sem ciência é uma espécie de morte”, que expressam sentimentos de ter sido o primeiro a entrar no debate pelas questões da ética.
Segundo Platão (428-347 a.C. – filósofo que se seguiu a Sócrates – “a ética não pode ser tratada adequadamente como um produto acabado (antes um movimento contínuo a partir da posição definida por Sócrates), em direção ao sistema mais completo e articulado de Aristóteles (384-322 a.C.).
Depois de Sócrates, Platão – principal discípulo de Sócrates, que fundou a Academia – surgiu outro filósofo, Aristóteles, estrelas mundiais que são considerados como os três primeiros representantes da filosofia ocidental, tendo sido seguidos depois por outros.
Platão ficou “registado” por frases como “o comportamento humano flui de três pontos principais: desejo, emoção e conhecimento”; “coragem é saber o que não temer”; a medida de um homem é o que ele faz com o poder!”. Está última é perfeita para o atual estado do Mundo, onde a moral e a ética é o que se vai lendo!
Aristóteles também deixou algumas frases com as quais poderemos fazer comparações como o mundo de agora, como “a educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces”; “nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura”; “ter muitos amigos e ter nenhum”; “o ignorante afirma, o sábio duvida e o sensato reflete”! Pura sabedoria.
Muito mais tarde (1724-1804), o alemão Immanuel Kant, outro guru das Ciências Sociais, tornou público, no que se refere à ética, que “os conteúdos éticos nunca são dados do exterior. Age de tal maneira que possas, ao mesmo tempo, querer que a máxima da tua vontade se torne lei universal”, numa perspetiva de que “é normalmente necessário que todos ajam assim!”
Textos com contextos diferenciados no tempo, mas que se tornam realidade, ainda que refletindo precisamente a evolução dos conceitos, o que é importante para não perdemos o “comboio” do futuro, para o qual devemos olhar (e acompanhar) no dia a dia.
A questão da ética, que se inicia nos primórdios da educação, alargando-se no espaço e no tempo em função do crescimento do ser humano, não é assunto que se queira “fechado” – antes pelo contrário, aberta ao diálogo de todas as “famílias”, em ambiente familiar, profissional, desportivo e outras funções onde o homem e a mulher devem ter um papel muito ativo (dir-se-á hiperativo face às necessidades dos dias de hoje), do qual não se podem afastar por uma outra razão, porquanto poderá servir como “rastilho” para mais problemas intra e extrafamiliares.
É para isso que todos devemos olhar, pensar e agir em tempo útil.
Um papel sobejamente ponderado pelos Embaixadores da Ética no Desporto, cientes do impacte da Ética para a Vida!