Quinta-feira 02 de Janeiro de 2025

Defesa do Benfica “abriu” caminho para Catamo marcar e manter Sporting na liderança a par do FC Porto

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JDM

No alto rendimento – onde nada, por norma, pode falhar – qualquer erro, por mínimo que seja, pode colocar em questão o resultado de cada encontro, como se verificou no Sporting-Benfica deste domingo, com Tomás Araújo a ser torneado por Gyokeres, que endossou a bola por entre dois outros defesas benfiquistas, surgindo (29’) no lado direito um Geny Catamo repleto de força e com campo livre para rematar para golo.

Para além de Tomás não ter tido “arcaboiço” suficiente para barrar o melhor marcador do campeonato, também os centrais não estiveram com a atenção devida, o que permitiu ao atacante sportinguista fazer o que fez, de uma forma simples, direta e objetiva.

Numa primeira parte em que os leões foram superiores (9-4 em remates, dos quais 5-2 para a baliza, numa posse de bola de 51/49%, com número de passes praticamente semelhante de 229/227), registe-se que Quenda (19’), fugiu pela esquerda (lado defendido por Tomás Araújo) e surgiu frente a Trubin, que conseguiu desviar para canto, num golo que parecia certo.

Logo de seguida, Kokçu (23’), na marcação de um livre, levantou a bola atá ao ângulo superior direito da baliza à guarda de Israel, que voou e desviou para canto, para começar a “aquecer” a partida.

Pouco depois, foi Gyokeres a criar perigo o guardião benfiquista a impôs-se de novo, bem como a defesa, tentando fechar o caminho por onde surgiram os atacantes sportinguistas, que podiam ter aberto o marcador mais cedo, surgindo apenas no minuto 29, quando Catamo teve a calma suficiente e a mente centrada para fazer o 1-0.

No lado do Benfica, a “máquina” não funcionou como se verificou nas cinco vitórias consecutivas anteriores, porquanto a falha de passes foi originando a supremacia global dos leões, ainda que a falhar na zona nevrálgica, em especial com a atenção de Trubin, que evitou dois possíveis golos: primeiro por Gyokeres (40’) e, dois minutos depois, por Trincão.

Na segunda parte, depressa de percebeu que o Benfica “refrescou” a mente e entrou para tentar dar a volta ao resultado, passando a ter uma maior e melhor leitura de jogo, perdendo menos a bola e criando perigo junto da baliza à guarda de Israel, que conseguiu safar tudo, algumas vezes com a apoio direto dos “guardas” diretos.

Ao contrário, o Sporting começou a sentir a pressão dos homens da Luz e iniciaram um processo de perda de bola com alguma facilidade, o que começou a aumentar as dificuldades no último reduto leonino, que “tremeu” bastante.

Ainda que superior no segundo tempo (14-12 em remates, dos quais 2-6 para a baliza, numa posse de bola de 55/45%, com 483-400 passes e uma precisão de passes global de 82/84%), ao Benfica faltou o inspirador para marcar. O D. Sebastião perdeu-se pelo caminho.

E com isso, o Sporting conseguiu manter a vantagem, com as dificuldades inerentes – ainda que criando oportunidades que poderiam ter dado golo – que o mantém no primeiro lugar do pódio na Liga Betclic, somando 40 pontos, tal como o FC Porto, com os leões a beneficiarem da melhor goal average (44-10) contra os 40-9 dos portistas. O Benfica desceu ao 3º lugar (38).

Neste domingo, a grande surpresa foi a derrota do Sporting de Braga frente ao Casa Pia, no seu reduto, depois de ter dominado em toda a linha – de acordo com as estatísticas – como foram os 16-8 em remates, dos quais 6-4 para a baliza, numa posse de bola de 61/39%, mas não marcando tantos golos como os casapianos.

A equipa de Lisboa marcou primeiro (40’) por Segovia, com os bracarenses a empatar (45+2’) por intermédio de Ouazzani, tendo Nuno Moreira colocado o Casa Pia a vencer (70’), conquistando os três pontos, que deu origem à subida ao 7º lugar, descendo o Moreirense ao 8º.

Ainda que não se possa considerar “escandaloso”, não deixa de ser menos bom o terceiro empate consecutivo que o Guimarães registou, depois de concluir o encontro em casa do Farense pelo mesmo resultado (2-2) dos outros dois (Ave e Nacional).

Falcão abriu (36’) para os algarvios, tendo G. Silva (49’) empatado, com Samu (90’) a colocar os vimaranenses na dianteira, que acabaram por sofrer o empate (90+8’) num golo marcado por Neto, num jogo em que os minhotos dominaram a seu bel prazer: 27-6 em remates, dos quais 12-2 para a baliza e uma posse de bola de 67/33%.

No outro jogo, o Rio Ave venceu (em casa) o Nacional (2-1), tendo Clayton sido o “carrasco” dos madeirenses ao marcar dois golos (26 e 73’, este de grande penalidade), com B. Costa (34’) a marcar para os visitantes.

A 16ª ronda da Liga Betclic conclui-se esta segunda-feira com a partida entre o Famalicão e o Santa Clara, no Minho, pelas 20h15.

 

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