Quinta-feira 05 de Dezembro de 2024

Portugal venceu Chéquia no “tira-teimas” e apurou-se para a fase final do europeu feminino

FPF-EuropeuFeminino--03-12-2024

FPF/André Sanano

Portugal garantiu presença (nesta segunda-feira), pela terceira vez e, consecutivamente, no Europeu de Futebol Feminino, ao vencer na Chéquia por 2-1, em jogo da segunda mão do playoff, no que é um resultado histórico para as cores nacionais, graças a dois golos apontados por Diana Silva, aos 13 e aos 76 minutos.

Durante a partida Francisco Neto apenas fez duas alterações, por comparação ao encontro da primeira mão: Patrícia Morais rendeu Inês Pereira na baliza e Diana Silva entrou para o lugar de Jéssica Silva. Pelo que abordagem inicial à partida foi em tudo idêntica à de sexta-feira, no Estádio do Dragão. E tal como lá, pertenceu a Andreia Jacinto o primeiro momento de perigo junto às redes cheques, à passagem dos cinco minutos, que fez a bola passar a centímetros da barra.

Com os adeptos portugueses em permanente movimento, o que ajudou a ultrapassar o grau negativo que se verificou, quando (13’) Diana Silva apareceu rápida junto ao primeiro poste a desviar para golo.

Com a equipa checa a tentar responder à desvantagem, a bola “passeou-se” mais tempo, a partir de então, pelo meio terreno luso, em toada de parada resposta das suas equipas. Aos 27′, Diana Silva quase se isolou, mas preferiu rematar de longe e por cima, lance que foi sucedido por uma dupla e difícil intervenção de Patrícia Morais, a remate e recarga de Svitková e de Stasková, respetivamente.

Aos 35 minutos, após canto na direita e lance confuso na área, a equipa de arbitragem, com recurso ao VAR, assinalou grande penalidade, cometida por Ana Capeta e convertida com êxito por Svitkova.

No segundo tempo, o primeiro sinal de perigo surgiu dos pés de Khyrová, mas a bola saiu muito por alto, após remate frontal. Na resposta, Capeta ganhou lance na direita da área adversária, mas já não conseguiu cruzar para Diana Silva. Aos 53 minutos, a mesma jogadora, apesar de agarrada quando seguia isolada para a área, quase fazia o 2-1, mas o remate saiu fraco e claramente prejudicado pelo desequilíbrio irregularmente criado pela defesa checa.

O selecionador português foi o primeiro a tentar mexer com a partida, trocando (58’) Andreia Jacinto por Andreia Norton. Ana Capeta e Diana Gomes voltaram a levar perigo à área contrária e o jogo ganhava velocidade.

Aos 67 minutos, Portugal dispôs de um livre direto, no interior da meia-lua, mas a barreira “desfez” a intenção de Joana Marchão, com um remate que prometia festa, tendo Portugal, de novo por Diana Silva, chegado (80’) ao 2-1 final e garantir o apuramento para a fase final do europeu feminino.

Até final, a Chéquia ainda tentou desesperadamente chegar ao empate, adiando as decisões, mas a bem organizada defensiva portuguesa não deu grandes possibilidades.

Para Francisco Neto, selecionador nacional, “isto é ser Portugal. É vibrar e perceber que os que estão cá dentro como os que estão na bancada, como os milhões em Portugal, estão muito orgulhosos das nossas jogadoras. Por isso, é um orgulho e uma honra fazer parte deste trajeto e, claro, sou um privilegiado por estar com elas. Disse-lhes há dias, em tons de brincadeira, mas um pouco a sério, que entrei aqui com 32 anos e fizeram de mim treinador, como eu também espero ter ajudado algumas a serem melhores”.

Acrescentou que “sentimos muitas dificuldades técnicas. Em função do terreno, acho que tivemos dificuldade em adaptar-nos. Sabíamos que a pressão ia chegar mais cedo, por demorarmos mais tempo a dominar a bola. Normalmente, não falhamos tantos passes, mas acredito que tenha sido também pela ansiedade, como é normal, mas, independentemente de não ter sido um jogo como no Dragão, onde tivemos mais oportunidades, acho que tivemos as oportunidades suficientes para sairmos vencedores e o mais importante de hoje era isso: vencer. Uma época incrível, muitos jogos”.

Concluiu que “foi um ano perfeito, possivelmente o melhor da seleção A. Acabámos muito bem e estamos felizes com isso. Agora é celebrar e depois é regressarem aos seus clubes, fazerem o seu trabalho, Liga das Nações e preparar um Europeu”.

Entretanto, a UEFA definiu o “quem é quem” para a fase final, no que se refere aos potes para o sorteio – marcado para 16 deste mês de dezembro – referindo-se que a competição terá lugar de 2 a 27 de julho de 2025, na Suíça.

O pote 1 terá a Suíça, Espanha, Alemanha e França

O 2, alinhará com Itália, Islândia, Dinamarca e Inglaterra

O 3, terá os Países Baixos, Suécia, Noruega e Bélgica

O 4, com a Finlândia, Polónia, Portugal e País de Gales.

 

 

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