Na sequência de uma época que tem sido fabulosa para o Sporting até ao momento (1º terço), os leões continuam a mostrar a “fome” que tem de bola e de golos – onde Gyokeres é o “papa tudo e todos” – os leões acabaram como que no céu a brilhar com a goleada (4-1) ao Manchester City de Pep Guardiola.
Por certo que este técnico de primeira água mundial terá ficado “atónito” com a simplicidade da equipa leonina, que de um 0-1 aos 4 minutos chegou aos 80’ com um 4-1 de uma dimensão estratosférica, tendo em consideração a alma e o coração de uma formação lusitana que honra os “lusitanos” de outras épocas, também épicas, em que abriram novos mares ao mar.
Explicável ou não, a verdade é só uma e o Sporting demonstrou que tem uma equipa afinada e preparada para todas as “batalhas”, pelo menos enquanto o espírito de Ruben Amorim pairar sobre o José Alvalade e ou Alvalade XXI.
Partindo de um negativo 0-1 (4’), num golo surgido de uma perda de bola, a meio-campo, por parte de Morita, que Phil Foden aproveitou da melhor maneira para rematar forte e enganar Israel, que ficou batido quando a bola teve um ligeiro desvio e foi entrar quase junto ao poste direito, sob o ponto de vista do guardião leonino.
Numa partida em que o City foi sempre dominador de princípio a fim, este percalço fez “mossa” e os leões como que foram perdendo vontade, porquanto a posse de bola foi quase exclusiva dos britânicos, de forma a refrear eventuais ofensivas de Gyokeres e seus “muchachos”, o que foi dando positivo para os visitantes.
O Sporting foi tentando remar contra a maré e Gyokeres teve oportunidade de poder empatar, mas deu um passo a mais, fintou de mais e perdeu a hipótese de chegar à baliza, o que criou calafrios porquanto tinha colegas em melhor condição e não endossou a bola.
Coube ainda a Israel, na passagem da meia hora de jogo, safar um golo que parecia estar presente depois de Haaland rematar forte, mas a equipa leonina conseguiu reagrupar-se, terá percebido o “grito interno” de Amorim e, assistido por Quenda (até aí pouco ativo), Gyokeres rematou para o empate (38´), com que se chegou ao intervalo.
Como se pode analisar pela estatística, o City dominou em todos os vetores, com 11-3 remates, dos quais 5-2 para a baliza, numa posse de bola de 74/26% – com apenas 137-376 passes – que os leões teriam de ultrapassar no segundo tempo, se quisessem vencer.
E assim foi. Mal recomeçou a partida, o Sporting chegou ao 2-1 (46’) com um golo obtido por Maxi Araújo, o que surpreendeu os britânicos, que se perderam logo a seguir quando o árbitro do encontro assinalou uma grande penalidade sobre Trincão, que foi empurrado pelas costas.
Chamado à conversão, Gyokeres rematou forte e anichou a bola no fundo da baliza do Manchester, numa jogada rápida, colocando o resultado em 3-1, três minutos depois.
Resultado, provavelmente, que ninguém esperaria!
O Sporting continuou a porfiar, ainda que deixando o City jogar a bola que, por seu lado, com dois golos de desvantagem, não parecia “fadado” para poder recuperar.
Ainda assim (66’) o árbitro assinalou uma grande penalidade contra o Sporting, por Diomande ter desviado a bola com o braço, o que foi confirmado pelo VAR, mas o jogador chamado à marcação (Haaland) rematou forte, para cima, com a bola a embater na trave e sair pela linha final, passando o perigo.
Logo a seguir, Amorim fez entrar Saint Juste, Catamo e Daniel Bragança para “aguentar” a vantagem até final – como também o City fez substituições – mas os leões, em dia sim – ganharam logo a seguir o direito de marcar mais uma grande penalidade, depois de Matheus Nunes ter visto um cartão amarelo por ter dado um toque na perna de Catamo, falta que o árbitro viu e confirmou com o VAR.
Gyokeres (80’) artilhou a perna e fez um remate para a bola a acabar dentro da baliza, fixando o resultado no 4-1, com um “hat trick” histórico, porquanto, à terceira vez, Ruben Amorim, levou o City a baixar a “garupa”, dado que tinha empatado (0-0, em 9 de março de 2022) e em15 fevereiro tinha levado cinco do City, no âmbito da Liga dos Campeões dessa época.
No total estatístico, o City somou 73/27% na posse de bola, fez 20-9 remates, dos quais 6-6 para a baliza, tendo o Sporting aproveitado todas as abertas para chegar a um resultado que vai ficar para a história. E mais porque no dia da despedida do técnico Ruben Amorim do Estádio de Alvalade. Pelo menos por agora!
Com este triunfo, o Sporting guindou-se ao segundo lugar (entre as 36 equipas presentes) com 10 pontos – a par do Mónaco, mas atrás do Liverpool, com 12, que comanda a classificação oficiosa, que conhecerá nesta quarta-feira os restantes resultados, salientando-se o do jogo Bayern-Benfica, com as águias a quererem voar acima do 13º lugar que agora ocupam.